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Número de prisões de jornalistas bate recorde mundial em 2021

Número de prisões de jornalistas bate recorde mundial em 2021
Nos últimos seis anos, a instituição tem registrado recordes no número de prisões de jornalistas. (Imagem: iStock).

O dado foi divulgado em relatório do Comitê para Proteção dos Jornalistas

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O número de jornalistas presos bateu recorde global em 2021. No período, 293 profissionais foram presos e 24 mortos por suas coberturas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 9, em levantamento realizado pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

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Nesta edição, os países com maiores números de jornalistas encarcerados foram China, com 50 presos; Myanmar, com 26; Egito, com 25; Vietnã, com 23; e Belarus, com 19 presos. Nos últimos seis anos, os relatórios anuais têm apontado para frequentes recordes, que refletem o interesse de governos em controlar e administrar as informações, segundo Joel Simon, diretor-executivo da instituição.

“Prender jornalistas por relatar as notícias é a marca registrada de um regime autoritário. É angustiante ver muitos países na lista ano após ano, mas é especialmente horrível que Myanmar e a Etiópia tenham fechado a porta tão brutalmente para a liberdade de imprensa”, declarou o diretor em texto de divulgação do relatório.

Além da prisão dos profissionais da imprensa, outro dado alarmante para o Comitê para a Proteção dos Jornalistas é o número de mortes na categoria. Foram 24 mortos em todo o mundo, em sua maioria decorrentes de assassinatos. A nível global, o país com maior registro de jornalistas assassinados foi a Índia, com quatro pessoas comprovadamente mortas por seu trabalho. Na América, o posto é do México, com três casos comprovados e seis em análise.

“Dos jornalistas mortos em todo o mundo este ano, quase 80% foram assassinados. Tanto em regimes democráticos como autoritários, o ciclo de impunidade permanece, mandando o recado inquietante de que os perpetradores não serão responsabilizados”, aponta o texto de divulgação dos dados do relatório.

Luta contra a censura

Os dados apresentados pelo levantamento do CPJ consideram apenas os profissionais que seguiam encarcerados no dia 1º de dezembro de 2021. Ao longo do ano, o acompanhamento e a atuação do comitê contribuíram para a libertação de ao menos 100 jornalistas em todo o mundo.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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