O impacto das fake news na saúde das pessoas

Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organiza evento para discutir as chamadas fake news. Entidade quer saber: qual o impacto dela para a saúde?

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) discute nesta semana como as chamadas fake news – informações falsas veiculadas sobretudo em redes sociais – afetam a saúde das pessoas. O II Seminário Internacional Relações da Saúde Pública com a Imprensa: Fake News e Saúde, que começou nesta terça-feira, 19, em Brasília, conta com mesas redondas e rodas de conversa entre jornalistas, pesquisadores, profissionais de saúde, estudantes e interessados no tema.

Na cerimônia de abertura, a diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio, lembrou da necessidade de se criar espaços cada vez mais abertos em torno de debates sobre fake news e destacou o desafio de comunicar algo tão importante e complexo como os temas envolvendo a saúde pública. “No momento em que organizamos um evento como este, é exatamente reforçando a comunicação como um espaço estratégico”.

A diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. Ela participou da roda de conversa “Morar em Liberdade: 15 anos do Programa de Volta para Casa”. Evento foi no Memorial do MPF (Imagem: Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil)

“Precisamos refletir sobre o que está acontecendo hoje no Brasil em termos de proliferação e divulgação instantânea de informações por meio de dispositivos e redes sociais”, disse, ao citar especificamente um áudio que circulou nas redes sociais no ano passado e que pedia às pessoas que não se imunizassem contra a febre amarela. “Precisamos abordar a questão de forma ética, crítica e vigilante”.

Questão prioritária

Para a coordenadora de comunicação social da Fiocruz Rio de Janeiro, Elisa Andries, a comunicação, no âmbito da saúde pública, deve ser vista como uma questão prioritária e fundamental para que instituições como a própria Fiocruz sejam tidas como uma espécie de agente de checagem de informação. Ela citou áudios veiculados em redes sociais, em 2015, com informações falsas sobre infecções pelo vírus Zika no Brasil.

“As fake news na saúde são muito associadas ao medo. Elas se disseminam muito por conta do medo que as pessoas sentem em relação a doenças e patógenos”, disse. “A imprensa livre e forte também é importante para lutarmos contra as fake news. Vejo o jornalismo como um apoio importante pra trabalharmos juntos contra a disseminação de notícias falsas”, concluiu Elisa.

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Reportagem: Paula Laboissière
Edição: Maria Claudia

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Agência Brasil

Agência pública de notícias criada em 1989, logo após a incorporação da Empresa Brasileira de Notícias (EBN) pela extinta Empresa Brasileira de Comunicação (Radiobras). Em 2007, com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que incorporou a Radiobras, passou a integrar o sistema público de comunicação.

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