O melhor da feira é o barulho. Foi o que ouvi na feira de sábado, onde, na barraca em que mais costumo comprar tomate, pelo menos quando ele está a preço de banana, já vi uma criança em um berço, a qual desde cedo já está aprendendo que a vida dos pais não é brinquedo, não, da mesma forma que está aprendendo o bebê que vi nos braços da dona de uma barraca na feira de quarta, a preferida de minha mulher, enquanto ela me atendia.
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Entenda bem, quando digo preço de banana, e não é banana mirrada nem passada, não, estou querendo dizer, no máximo, 3 reais, oferta que nunca vi em nenhuma das várias barracas da feira perto da casa de meu sogro, também aos sábados, nem nas duas únicas barracas da citada fruta da feira mais próxima de minha casa, na sexta.
Se eu não achasse que a frase veio do lado da barraca em que compro coentro seco moído com cominho e pimenta-do-reino, diria que veio do mais barulhento dos vendedores de banana da feira de sábado, o qual já ouvi dizer que, se as mulheres não gastarem o dinheiro dos maridos delas, eles vão gastar com as outras.
Vou sempre na hora da xepa, quando, com 30 ou 40 reais, consigo comprar quase tudo de que minha família mais gosta – banana, laranja, abacate, abacaxi, caqui, manga, melão, melancia, maracujá, limão, tomate, abóbora, abobrinha, chuchu, maxixe, pepino, beterraba, rabanete, repolho, brócolis, couve, espinafre, cebola, pimenta, pimentão, coentro, porque nordestino vive sem salsinha, mas não sem coentro – ou consigo levar na sacola, posto que nem o mais de 1 quilômetro de chão a pé até a feira de terça, a qual fica a um ponto de ônibus da de sábado, me convence a andar com carrinho, que, a meu ver, só serve para uma coisa: atrapalhar o trânsito de quem anda “onde mulher bonita não paga”.