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O que as jornalistas têm para falar no Dia Internacional da Mulher?

O que as jornalistas têm para falar no Dia Internacional da Mulher
As jornalistas se manifestaram em publicações que vão de críticas a homenagens. (Imagem: reprodução).

O tema foi comentado nas redes sociais de mulheres profissionais da imprensa brasileira

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Criado com o objetivo de simbolizar a luta feminina pela equidade de direitos, mais uma vez, o Dia Internacional da Mulher foi alvo de reflexões nas redes sociais de jornalistas brasileiras. Os comentários vão de críticas a homenagens, mas despertam algo em comum: o uso do momento para dar luz a temas relacionados às batalhas femininas.

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Antes mesmo da data comemorativa exata, a jornalista da CBN Tatiana Vasconcellos comentava o assunto. Na última segunda-feira, 7, ela aproveitou o início da “semana da mulher” para apontar incoerências de empresas nesta data e destacou: “8 de março não é uma data comemorativa, é uma data política”, escreveu.

“Começou a semana em que as empresas dão um botão de rosa e um bombom para as mulheres, que ganham menos do que seus pares na mesma função, que são demitidas pouco depois da licença maternidade”, destacou Tatiana.

Em artigo publicado no UOL, Marilia Ruiz criticou os “feministas de ocasião”, que praticam atitudes machistas diariamente e, no Dia Internacional da Mulher, fazem homenagens e usam “hashtags hipócritas e de ocasião”. “Que tal fazer algo? Que tal escolher um só machismo rotineiro da sua vida para sempre?”, sugere, no texto.

O mesmo posicionamento foi manifestado por Andreia Sadi, que compartilhou trechos de comentários feitos no dia anterior, na GloboNews, destacando a importância do debate frequente sobre machismo e completou: “As flores eu passo, pode me dar em outra data : hoje, quero aproveitar a visibilidade do dia para chamar atenção aos temas que nos importam: sendo nós= sociedade”, finalizou.

Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo, e Renata Neder, do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), aproveitaram a data para criticar os estereótipos e ameaças sofridas por jornalistas mulheres em todo o mundo. Ambas se manifestaram por meio de um vídeo produzido pela CPJ.

Novo significado

Vera Magalhães, apresentadora da TV Cultura, confessou em suas redes sociais que passou a ver um novo significado no Dia Internacional da Mulher. Frequentemente crítica à data, ela diz que viu na ocasião a oportunidade de dar visibilidade a mulheres e a causas que, normalmente, não teriam a mesma atenção para a sociedade.

“Por muitos anos achei essa data uma futilidade comercial e publicitária. A ficha de usar a data para dar visibilidade a discussões importantes para as mulheres demorou muito a cair para mim”, escreveu em seus stories do Instagram. Ao longo do dia, suas postagens indicaram mulheres jornalistas, influenciadoras, autoras e cantoras admiradas pela jornalista.

A ideia de dar luz a causas relacionadas à mulher também foi o foco da cartunista e chargista Laerte Coutinho, da Folha de S. Paulo, que destacou a data como “de todas elas: cis, trans e travestis”. E seguiu, sobre a luta das mulheres transexuais: “O Brasil ainda é o país que mais mata mulheres trans e travestis no mundo e valorizar a luta pelos direitos delas neste dia é fundamental”.

Destaque à força feminina

Apresentadora da Globonews, Camila Bomfim aproveitou suas redes sociais para homenagear as mulheres. Desta vez, a publicação teve um foco especial: as ucranianas. “Neste dia da mulher, homenagem especial às ucranianas, alvo de toda a sorte de sofrimento nessa guerra, incluindo as declarações sexistas que acompanhamos no fim de semana”, tuitou a jornalista.

Cris Guterres, apresentadora na TV Cultura e colunista no UOL, homenageou a força e a luta feminina Na legenda de uma foto publicada em seu perfil no Instagram, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, a jornalista afirmou: “Um lookinho de couro para combinar com o dia de luta e a necessidade de se repensar o conceito mulher a partir da interseccionalidade”.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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