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Oito medidas que tornaram Araraquara exemplo de combate à Covid-19 no Brasil

Araraquara, SP 13/7/2020 – A Covid-19 só se assemelha em termos de tragédia humana à II Guerra Mundial. Não podemos deixar ninguém morrer por falta de assistência médica, diz Edinho

O município de Araraquara, no interior de São Paulo, tem a menor taxa de mortalidade por covid-19 do Estado, e uma das menores taxas de letalidade do Brasil. De acordo com levantamento da Fundação Seade, do Governo do Estado de São Paulo, a cidade de Araraquara teve até junho 810 casos confirmados e apenas 10 mortes, resultando em uma taxa de letalidade de 1,2%, a mais baixa entre municípios com mais de 500 casos confirmados.

A título de comparação, cidades próximas à Araraquara e com população semelhante, como Rio Claro e São Carlos, a taxa de letalidade é mais que o dobro (5,7% e 2,8%, respectivamente).

Para o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, o segredo foi agir rápido, dando a devida atenção e respaldo às recomendações e decisões da equipe gestora de saúde. “A Covid-19 só se assemelha em termos de tragédia humana e do ponto de vista econômico à II Guerra Mundial. Um inimigo invisível, com uma letalidade considerável que se agrava em questão de horas”, afirmou o prefeito.

Já no início de março, foi montado um comitê de contenção da doença com todas as autoridades médicas do município, para levantar o quadro da época e desenhar os possíveis cenários para os meses seguintes.

Edinho destaca oito iniciativas que considerou fundamentais para o sucesso da cidade no combate à doença.

Oito ações de Araraquara:

1. Expansão do horário de atendimento das redes básicas regionais, como uma medida para não sobrecarregar a rede de urgência e emergência. “Não podemos deixar ninguém morrer por falta de assistência médica”, explicou.

2. Criação de um serviço de telemedicina, em que as pessoas são atendidas por um número 0800, impedindo que qualquer sintoma leve as pessoas para rede hospitalar municipal e sobrecarregue o sistema.

3. Criação de “equipes de bloqueio”, em que, ao identificar um paciente diagnosticado, uma equipe vai a campo para criar um ambiente de isolamento daquele paciente e pessoas que estiveram em contato.

4. Criação de centro de referência de Coronavírus, a partir da transformação de uma das UPAs da cidade, com equipes especializadas para que as pessoas com sintomas de Covid-19 se dirijam para lá.

5. Parceria com a faculdade de farmácia da Unesp, laboratório referência para o estado todo, passando a fazer exames em todos os sintomáticos. “Enquanto estávamos com o Adolph Lutz (Órgão da Secretaria Estadual de Saúde), levávamos até 15 dias para o resultado de um exame. Com a Unesp, reduzimos o prazo para até 12 horas o acesso aos resultados. Essa agilidade e tempo que conquistamos foram fundamentais para lidar com uma doença como a Covid-19”, destacou Edinho.

6. Criação de inquéritos epidemiológico em que é feito o mapeamento por onde a doença passou pela cidade, com testes em pessoas de grupo de riscos por comorbidades, bairros carentes e profissionais mais expostos à contaminação.

7. Construção de um Hospital de Campanha com 51 leitos (30 leitos de enfermaria e 21 leitos de UTI) em apenas 5 semanas. “Criamos uma estrutura em que a possibilidade do sistema de saúde de Araraquara entrar em colapso é zero. Além disso, nosso hospital ficou à disposição das cidades da região”, afirmou Edinho. 

8. Criação de um comitê de solidariedade para ampliar programas de segurança alimentar, fortalecendo um ambiente muito forte de solidariedade na cidade.

Para conhecer outras ações de combate à covid-19 em Araraquara, basta acessar o site da Prefeitura de Araraquara.

Website: http://edinhosilva.com.br/

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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