Na última terça-feira (7), foi divulgado o resultado da chamada pública para pesquisas de combate à Covid-19. Entre os projetos escolhidos pelo Conselho, três pertencem ao campo de estudo na área de comunicação. O anúncio, feito pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCIT) em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), contemplou 90 projetos com temas diversificados, desde tratamentos, vacinas, a diagnósticos e prevenção.
Os estudos em jornalismo selecionados são coordenados por Rose Marie Santini, Sandra Raquew dos Santos Azevedo e Denis Porto Renó; e abordam as estratégias de comunicação durante o período de pandemia, o combate às fake news e os processos comunicacionais em redes sociais.
Pesquisadora da área de tecnologias e linguagens, Rose Marie Santini (UFRJ) é responsável pelo projeto que fará uma análise sobre a forma de produção jornalística durante a crise de saúde pública mundial, intitulado “Infodemia e desinformação: revisão sistemática de literatura sobre estratégias de comunicação e informação em saúde em situações de pandemia”.
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Sandra Raquew dos Santos Azevedo, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), coordena a pesquisa com enfoque no conteúdo veiculado durante a pandemia, nas redes sociais e grupos tradicionais de comunicação “Interface comunicação-saúde no combate a pandemia do Covid-19: gestão de conteúdo nas mídias sociais, combate a Fake News e agendamento midiático”.
O professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Denis Renó, é responsável pelo projeto intitulado “Educar e informar: a fotografia nos processos comunicacionais via Instagram sobre o COVID-19”, um dos três aprovados na instituição. A pesquisa será realizada junto a colaboradores do Brasil e Espanha Andrea Versuti (UnB), Teresa Piñeiro-Otero (Universidade da Corunha) e Xabier MARtínez-Rolán (Universidade de Vigo), e após análise de conteúdos no Instagram, produzirá um manual disponibilizado gratuitamente.
Para o pesquisador, o resultado é importante pois mostra reconhecimento da comunicação como ciência nesse momento de enfrentamento de uma pandemia, com aprovações em um edital de saúde. “Nosso papel é fundamental em qualquer cenário. Em um momento histórico como esse, o protagonismo da comunicação ganha um papel ainda mais importante”, afirma.
O valor total concedido para a realização das pesquisas será de R$ 50 milhões, compostos por R$ 30 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 20 milhões do Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Decit/SCTIE).
Durante o anúncio, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, ressaltou que o fornecimento de recursos para ciência e tecnologia não devem ser vistos como gastos, e sim como investimentos para a manutenção do sistema de saúde pública do país.
A seleção foi realizada entre 2.219 propostas. Apesar do tema central em saúde e do maior número de pesquisas aprovadas nesta área, o resultado divulgado contempla todos os campos do conhecimento, com pesquisadores de 50 instituições de ensino de todo o país. A região com maior volume de pesquisas é a Sudeste, com 48 projetos, seguida pelo Nordeste, com 16, Sul e Centro-Oeste, ambas com 11 e a região Norte, com 4.
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