De acordo com a emissora, a reportagem especial vai ao ar às 22h30, na quinta-feira, 8, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher
A Record reuniu time de mulheres – pauteiras, repórteres e editoras – para narrar em reportagem especial a história da professora Heley de Abreu, que salvou a vida de muitas crianças no incêndio da creche de Janaúba, Minas Gerais, em outubro de 2017. No episódio, o vigia da instituição de ensino ateou fogo no local e no próprio corpo, fazendo 13 vítimas: dez crianças e três professores, incluindo Heley.
De acordo com a emissora, a reportagem especial vai ao ar às 22h30, na quinta-feira, 8, quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Para o canal, por sua história, Heley é considerada a verdadeira “heroína do Brasil”.
Para contar a história, as repórteres Thatiana Brasil e Gabriela Pimentel viajaram até a pequena cidade, de 70 mil habitantes, onde aconteceu o caso. Da redação, as repórteres investigativas, Sheila Fernandes e Mariana Verdelho, deram suporte às enviadas, com pesquisa, informação e revelando detalhes até então desconhecidos sobre a vida da professora e sobre a tragédia.
As jornalistas Fabíola Corrêa e Soraya Lauand ficaram com a edição do material. O último toque é da editora finalizadora Natália Florentino. Segundo a emissora, o único homem a integrar a equipe do especial foi o cinegrafista que atuou nas gravações, pois não há muitas profissionais mulheres na profissão.
A história da professora Heley
Durante oito dias, a produção do ‘Câmera Record’ ouviu familiares, amigos e alunos da professora, que ajudaram a revelar a trajetória de Heley. Segundo a produção da reportagem, telespectadores e internautas terão a oportunidade de entender, em detalhes, como a professora salvou a vida de muitas crianças no caso que ficou conhecido como “Tragédia de Janaúba”.
“Ela pegava aquelas crianças e entregava pro outro pessoal que estava lá fora e voltava para sala de novo. Ela deu a vida dela para salvar a dos nossos filhos”, conta uma das mães entrevistadas pelo jornalístico.
Segundo as testemunhas do ataque a creche, sem a ação da professora Heley, o incêndio teria matado muito mais do que 13 pessoas no incêndio. “Não fosse ela, teria morrido muito mais crianças. A tragédia seria muito maior”, revela outra mãe.
As repórteres também vão contar detalhes da infância de Heley, repleta de vivacidade, a juventude dedicada aos estudos, o fascínio pela profissão, a vontade de ser mãe e formar uma família. E o reconhecimento pelo poder público ao ato de coragem e amor ao próximo, em um dos episódios mais tristes da história do país.
O recomeço
Ainda na cidade de Janaúba, na segunda-feira, 19 de fevereiro, a equipe do ‘Câmera Record’ registrou o dia de volta às aulas na creche. “Angústia dos pais aos deixarem seus filhos, chorinho das crianças e a expectativa por mais um recomeço”, dizem as produtoras do conteúdo.
Um recomeço difícil. A escola ‘Gente Inocente’ atende famílias de baixa renda com filhos de 1 a 5 anos. Cinco meses após o caso, famílias e sobreviventes começam a reconstruir a vida e a projetar o futuro. “Minha filha quer ser bailarina, acho que agora podemos ter uma vida normal”, diz a mãe da pequena Raíssa, de 5 anos, uma das sobreviventes.
Além do foco na história da professora e no recomeço para os sobreviventes do incêndio, o programa ouviu a família de Damião Soares dos Santos, o homem responsável pelas 13 mortes. Segundo a produção da reportagem especial, as jornalistas foram em busca do motivo que levou Damião a cometer o ataque.