Com repórter agredido, CNN Brasil fala em “imprensa como um dos pilares da democracia”

O jornalista Pedro Duran foi expulso de manifestação e escoltado por policiais

Após agressão sofrida por um de seus repórteres, Pedro Duran, a CNN Brasil manifestou-se a favor da liberdade de imprensa. O jornalista cobria uma manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no último domingo, 23, quando foi expulso do local e teve que ser escoltado por policiais.

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O posicionamento oficial da emissora foi publicado em seu perfil no Instagram e “repudia veementemente qualquer tipo de agressão”. A legenda aponta ainda que a CNN considera que a liberdade de imprensa é um dos pilares para a democracia.

“Acreditamos na liberdade de imprensa como um dos pilares de uma sociedade democrática. Os jornalistas têm o direito constitucional de exercer sua profissão de forma segura, para noticiarem fatos, dentro dos princípios do apartidarismo e da independência”, ressalta a publicação.

A intimidação teve início durante a tentativa de entrevista ao ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Os manifestantes cercaram repórteres e gritaram com os profissionais, de modo a impedi-los de trabalhar. Pedro Duran foi filmado e teve o vídeo divulgado nas redes sociais, onde o jornalista passou a sofrer com assédio virtual.

Repercussão

O caso ganhou repercussão e foi repudiado por entidades de jornalismo, como a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio (SJPMRJ). Em todas as notas, a situação envolvendo o repórter da CNN foi classificada como antidemocrática.

A Fenaj emitiu uma nota junto ao SJPMRJ, na qual pede respeito aos profissionais da imprensa e relata o aumento nos casos de agressões a jornalistas nos últimos anos. No texto publicado pela Abraji, além de detalhar o acontecimento, a associação cobra uma posição dos poderes Legislativo e Judiciário sobre a agressão ao repórter.

“A obstrução do trabalho da imprensa é antidemocrática e se espera dos poderes Legislativo e Judiciário uma posição firme em defesa dos direitos humanos e da civilidade na convivência entre cidadãos de diferentes opiniões”, finaliza o texto.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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