RedaçãoMorar em um bueiro. Essa é a realidade de algumas pessoas em situação de rua no Distrito Federal. Para contar essas histórias e conhecer os personagens, o repórter da TV Globo, Edson Ferraz, visitou o espaço subterrâneo. Usuária de droga, Dona Goreti aceitou conversar com o jornalista. Ela mora na boca de lobo há sete anos.
Em matéria veiculada no ‘Bom Dia DF’ de quarta-feira, 28, Ferraz contou que o lugar em que Dona Goreti vive é extremamente apertado e insalubre. “O cheiro é terrível. Tem uma cama lá no fundo, um fogão”. O repórter entrou no local, que fica em Ceilândia, para ver a situação e gravar imagens. “Tem muito lixo. Não dá para acreditar que pessoas moram aqui. A gente não consegue ficar em pé, é bem apertado”, relatou.
Dona Goreti revelou ao jornalista que é usuária de crack. Ela tem sete filhos e seis netos. “Mas (eles) não estão no meio da rua. Não estão jogados nem largados, não”, disse ela ao repórter. A senhora conta, ainda, que trabalha pela vizinhança como lavadeira, faxineira e vigiando carros.
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Repórter da Globo revela mini-cracolândia
Edson Ferraz reporta que está se formando uma mini-cracolândia em Ceilândia. “São barracas totalmente improvisadas com pedaços de madeira, lona. É uma situação bem precária”. A pequena vila está sendo montada próxima à linha do metrô, o que tem incomodado a vizinhança. Gerente do Centro Especializado em Atendimento à População em Situação de Rua (Centro Pop) da Secretaria de Direitos Humanos, Thaís Bento concedeu entrevista à TV Globo e afirmou que o DF possui serviço de abordagem social para os usuários de drogas.
“São feitas abordagens em todo o DF, para que essas pessoas acessem vagas de acolhimento, políticas de saúde e educação. Porém, o usuário tem que aceitar, ter interesse nas ofertas de serviço. Não fazemos a retirada forçada dessas pessoas da rua”, declarou Thais.
Assista à reportagem de Edson Ferraz:
