O vice-presidente do grupo Turner, Marcelo Tamburri, que também atua como gerente geral dos canais Space, Warner Channel, TCM e I.SAT, em entrevista à Imprensa Mahon afirmou que o Brasil é o principal mercado na América Latina para a Turner, “por volume, e realmente por relevância”, e que a companhia está num processo de transformação, por isso eles está recebendo e desenvolvendo projetos de ficção para seus canais.
“Nossa companhia irá gerar, cada vez mais, conteúdos originais próprios para alimentar três de nossas marcas, que são TNT: Big entertainment, a marca número um de nossa companhia; Space: um canal dedicado aos gêneros de ação e de terror; e o Warner Channel: cuja produção original na América Latina está muito focada em comédia”. Tamburri avisa que todas as equipes de desenvolvimento da Tuner na América Latina trabalham juntas, e que projetos que chegam à eles pelo Brasil podem ser desenvolvidos também para outros países.
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Ao ser questionado sobre coisas a serem evitadas ao desenvolver e apresentar projetos para a Turner, Tamburri respondeu: “A verdade é que num projeto damos 70% de valor à história. Porque uma história ruim faz muito mais mal à marca do canal que um acordo comercial ruim”, diz Tamburri.
Ele diz, ainda, que “é importante que quando vierem fazer pitching para nos oferecer um produto, saibam defini-lo em duas, três frases. É essa definição que nos indica que o produto tem um tema, uma essência que está clara. Também não comece a contar sobre o episódio 48 da série. Isso não serve para nada, porque indica que há provavelmente um bom episódio, mas que todos os demais não têm força. Quando nos chega um projeto fazemos duas perguntas à pessoa: ‘Por que creem que esse projeto é diferente?’; e ‘porque eu olharia este projeto?’. Respondendo essas duas perguntas está 50% do pitching. Depois podemos falar do roteirista, do diretor que vai entrar no projeto, das características”.
Ao tratar sobre a relação com as produtoras com que faz parceria, o vice-presidente diz: “Nós não acreditamos que temos a verdade. O que temos são muitos anos de experiência em conhecer nossa audiência. E isso nós tratamos de falar para os produtores que nos trazem projetos. E tratamos que os projetos sejam abertos, numa porcentagem grande, para que nossa equipe de desenvolvimento possa interferir em seu desenvolvimento. Como uma parceria, realmente trabalhando juntos. E isso é importante, porque o projeto fechado, que não admite modificações, é muito difícil”, adverte Tamburri.
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