A situação de violência no Rio de Janeiro é tão grande que o jornal Extra incluiu a editoria ‘Guerra’ no impresso e no site. A marca informa aos leitores que não se trata de uma simples mudança na forma de escrever, mas sim no jeito de olhar, interpretar e contar o que está acontecendo na cidade. “O Extra continuará a noticiar os crimes que ocorrem em qualquer metrópole do mundo: homicídios, latrocínios, crimes sexuais. Mas tudo aquilo que foge ao padrão da normalidade civilizatória, e que só vemos no Rio, estará nas páginas da editoria de guerra”.
O impresso carioca conta que a criação da editoria ‘Guerra’ é a forma que encontraram para mostrar que o que está acontecendo no Rio de Janeiro não é normal. “É a opção que temos para não deixar nosso olhar jornalístico acomodado diante da barbárie”. Ao noticiar a novidade, a marca produziu vídeo em que o diretor de redação, Octavio Guedes, e o repórter Rafael Soares explicam como tem sido os últimos anos de cobertura e a necessidade de diferenciar o que é editoria ‘Policial’ de ‘Guerra’.
“Temos consciência de que o discurso de guerra, quando desvirtuado, serve para encobrir a truculência da polícia que atira primeiro e pergunta depois. Mas defendemos a guerra baseada na inteligência, no combate à corrupção policial, e que tenha como alvo não a população civil, mas o poder econômico das máfias e de todas as suas articulações. Sabemos que não há solução fácil nem mágica para o problema”, admite o impresso.
No Facebook, o post que anuncia a nova editoria traz a capa do jornal com reportagem especial de Rafael Soares. Na apuração ,intitulada “Dossiê secreto do Estado revela: É Guerra”, o jornalista revela o teor de documentos que estão sob sigilo até 2021. O post já gerou mais de 2 mil compartilhamentos e 3 mil reações, além de inúmeros comentários dos leitores.
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