Com a aproximação das eleições de 2022, o YouTube anunciou mudanças em suas políticas de integridade eleitoral e supressão de eleitores. A mudança segue um modelo já adotado nos Estados Unidos e na Alemanha, com o objetivo de impedir que conteúdos que propaguem a desinformação sobre o processo eleitoral brasileiro sejam distribuídos na plataforma.
Leia mais:
- CNN Brasil extingue cargo de diretor-geral
- Alexandre Garcia entra para o time de ‘Os Pingos nos Is’
- Aprovada homenagem-póstuma ao fotojornalista Orlando Brito
A ampliação das diretrizes deverão abranger vídeos postados após a confirmação dos resultados oficiais das últimas eleições presidenciais, realizadas em 2018, nos quais sejam alegadas fraudes, erros ou problemas técnicos que teriam mudado o resultado, segundo comunicado enviado pelo YouTube à imprensa. O material cita ainda a remoção de alegações falsas sobre as urnas eletrônicas.
“Também será removido conteúdo que inclui alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras foram hackeadas na última eleição presidencial e de que os votos foram adulterados”, destaca a rede social do Google.
Para além das restrições, as mudanças no YouTube relacionadas às eleições passam pela promoção de informações sobre o assunto. O layout do site contará com painéis de informações, que contarão com links direcionados a informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a fontes consideradas confiáveis.
“As Eleições de 2022 no Brasil vão gerar uma busca por notícias, curiosidades e dúvidas na internet, que deverão ser explicadas e contextualizadas de acordo com os fatos e as particularidades brasileiras. Os painéis visam ampliar o acesso a informações de fontes confiáveis e já contemplam outros temas sensíveis, como a COVID-19”, aponta o comunicado do YouTube.
A decisão, além de “espelhar” diretrizes já utilizadas em outros países, é divulgada após checadores de fatos enviarem pedido de ações contra desinformação na plataforma de vídeos online. O manifesto foi assinado por grupos de todo o mundo e foi enviado à CEO do site, Susan Wojcicki.