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15 jornalistas são alvo de agressões durante paralisação

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Desde o início da paralisação dos caminhoneiros, jornalistas têm sido vítimas de agressões e xingamentos. Aos menos 15 comunicadores se tornaram alvos de manifestantes. É o que informa a Abraji

Ao menos 15 jornalistas foram agredidos ou hostilizados durante a cobertura da paralisação dos caminhoneiros, iniciada no dia 21 de maio. Os casos foram acrescentados à base de dados que a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) mantém desde 2013 com registros de agressões e hostilização contra comunicadores em contextos de protestos. A paralisação dos caminhoneiros foi o episódio com mais ocorrências em 2018.

Episódios de violência contra a imprensa foram registrados em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Revolta contra a Globo

Dois dos episódios ocorreram com repórteres da TV Globo. Na quarta-feira, 23, a repórter Sabina Simonato foi constrangida por manifestantes no Ceagesp, em São Paulo. Um homem gravou um vídeo questionando a opinião da profissional sobre a greve dos caminhoneiros e publicou nas redes sociais.

No sábado, 26, a repórter Flávia Jannuzzi e a equipe que a acompanhava foram impedidas de realizar filmagem em ponte no Rio de Janeiro. Um dos manifestantes ameaçou a equipe. “Se voltar de novo, essa câmera vai parar lá embaixo”, disse o revoltado. A hostilidade foi registrada por um dos agressores e publicada em redes sociais.

Na sexta, 25, o repórter Paulo Ricardo Sobral, um cinegrafista e um motorista da TV Grande Rio foram ameaçados verbal e fisicamente por manifestantes em Petrolina, Pernambuco. Os agressores jogaram mangas no carro, bateram com um capacete no veículo e ameaçaram incendiá-lo, se as imagens não fossem apagadas de imediato da câmera do cinegrafista e do celular do repórter.

No domingo, 27, a repórter Ludmila Costa, da TV Correio (PB), foi agredida verbalmente por um manifestante em João Pessoa. O homem a chamou de “cachorra”.

Agressões no Sul

Três casos ocorreram no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira, 28, em Canoas, o repórter Jonas Campos e o repórter-cinematográfico Dalmir Pinto, da RBS TV, foram cercados por um grupo de manifestantes. A dupla de jornalistas foi impedida de realizar filmagens durante cobertura em refinaria da cidade.

No dia seguinte, 29, dois novos episódios envolvendo jornalistas. Em um posto de gasolina de Caxias do Sul, manifestantes tentaram arrancar a câmera do repórter fotográfico do Pioneiro, Marcelo Casagrande. Ele acabou agredido. Em São Sebastião do Caí, a repórter Vanessa Kannenberg e o repórter fotográfico André Ávila, ambos do Zero Hora, foram hostilizados e impedidos de passar em um bloqueio de caminhoneiros. O carro em que eles estavam foi atingido por uma garrafa e uma pedra.

Também na terça-feira, 29, o jornalista Arnaldo Zimmermann foi hostilizado e agredido. Ele levou um tapa enquanto fazia transmissão ao vivo de uma manifestação em sua página pessoal do Facebook. O episódio ocorreu em Indaial, Santa Catarina.

Agressão e roubo

Na última quarta-feira, 3o, uma equipe da EPTV, afiliada da TV Globo com presença do interior de São Paulo e Minas Gerais, foi ameaçada. Os jornalistas tiveram equipamento quebrado e uma câmera roubada. A repórter Patrícia Moser precisou se esconder em uma casa. O cinegrafista Marlon Tavoni e o auxiliar Rigo Janesi foram agredidos fisicamente por manifestantes.

A Abraji condena a violência infligida aos profissionais de comunicação citados. Ao impedir jornalistas de exercer o ofício, os manifestantes atentam contra a liberdade de expressão e ferem o direito de acesso a informações de interesse público, fundamentais à democracia.

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Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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