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3 em cada 4 eleitores temem ser influenciados por boatos

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Apesar da importância das redes sociais, a TV é o principal meio de informação sobre as propostas dos candidatos à Presidência. É o que revela pesquisa divulgada nesta semana. 800 eleitores foram entrevistados. Eles falaram sobre serem ou não influenciados pelas fake news

Ter o voto influenciado por notícias falsas (fake news) é uma preocupação de 75% dos eleitores, segundo pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Entre os mais jovens, com até 34 anos, o receio sobe para 82%. O material foi revelado na quarta-feira, 3

Mais da metade (60%) dos eleitores têm o hábito de checar se as informações que recebem pelas redes sociais são verdadeiras. O método mais usado para conferir a confiabilidade das notícias é a partir da verificação da fonte, prática de 52% dos que se preocupam em fazer a checagem, 45% usam os mecanismos de busca, como o Google, para pesquisar e 33% tomam o cuidado de ler todo o texto, não apenas o título.

Cerca de um terço (34%) dos brasileiros tem o hábito de compartilhar informações sobre políticos pelas redes sociais. Entre os homens, esse índice é um pouco maior (42%). A rede mais usada para compartilhar esse tipo de conteúdo é o Facebook, utilizado por 83% dos que disseram divulgar notícias envolvendo políticos, seguido pelo Whatsapp (67%), o Instagram (25%) e o Twitter (23%). A maioria das pessoas (62%), no entanto, não compartilha informações sobre política.

Apesar da importância das redes sociais, a TV é o principal meio de informação sobre as propostas dos candidatos à Presidência, mencionado por 67% dos eleitores. A internet aparece em segundo lugar, com 40% da preferência, as matérias jornalísticas vêm em seguida (34%) e as conversas com parentes são citadas por 30%. O horário eleitoral gratuito em rádio e TV é acompanhado por 29% dos brasileiros.

Para elaboração da pesquisa foram ouvidas 800 pessoas acima de 18 anos de todas as classes sociais nas 27 capitais brasileiras.

Facebook

Em maio, o Facebook anunciou um acordo com agências de checagem para averiguar a veracidade de publicações e evitar a circulação das notícias falsas. No Brasil, a parceria envolve as agências Lupa, Aos Fatos e France Press. As mensagens consideradas falsas têm o alcance reduzido e os usuários que as compartilharam recebem uma notificação.

Outra frente de atuação é o combate aos perfis falsos, identificados como um instrumento de difusão de fake news. A empresa anunciou em maio que derrubou neste ano, em média, 6 milhões de contas falsas por dia. A remoção ocorreu baseada nos “parâmetros da comunidade”, regras que, quando violadas, geram a exclusão da publicação. O chamado discurso de ódio, muitas vezes associado a notícias falsas, também é objeto de retirada.

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Reportagem: Daniel Mello
Edição: Fábio Massalli

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Agência Brasil

Agência pública de notícias criada em 1989, logo após a incorporação da Empresa Brasileira de Notícias (EBN) pela extinta Empresa Brasileira de Comunicação (Radiobras). Em 2007, com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que incorporou a Radiobras, passou a integrar o sistema público de comunicação.

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