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Presidente consegue unir jornalistas da esquerda à direita

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Depoimento de Jair Bolsonaro motiva críticas de comunicadores. Alinhados à esquerda ou à direita, jornalistas sinalizam até possível impeachment do presidente da República

“O primeiro suicídio político transmitido em rede nacional de rádio e televisão”. Assim definiu Ricardo Noblat ao comentar, via Twitter, o mais recente depoimento do presidente Jair Bolsonaro. O colunista da Veja.com não foi, contudo, o único comunicador a usar as redes sociais para criticar a conduta do líder da República. O conteúdo exibido no rádio e na televisão na noite de terça-feira, 24, ajudou para unir jornalistas da direita e da esquerda contra o posicionamento do mandatário do país.

Impeachment?

Ex-repórter da TV Globo, Cristina Serra avalia que é preciso ir além do impedimento de exercício do cargo. Para ela, Bolsonaro cometeu crime e deve ser preso. “Impeachment não basta. Cadeia nele!”, publicou em seu perfil no Facebook. Ricardo Noblat, por sua vez, não se limitou à questão do “suicídio político”. Ele questionou se o depoimento exibido em pleno horário nobre foi feito por uma autoridade ou por um “carniceiro”. Vera Magalhães, do Estadão e da TV Cultura, se atentou à rápida movimentação vinda do comando do Senado.

https://www.facebook.com/100002443601427/posts/2894163087341783/?sfnsn=wiwspwa&extid=R03sD5VZlAz3syoc

https://www.facebook.com/1107581237/posts/10215991035304534/?sfnsn=wiwspwa&extid=5769fLjQDIQtL91K

https://www.facebook.com/100011146391781/posts/1055971544784382/?sfnsn=wiwspwa&extid=8aNNl8VHe9GH2cCW

Camisa de força

Em vez de cogitar a respeito de possível fim antecipado do governo Bolsonaro, um grupo de jornalistas preferiu colocar em discussão o real estado de saúde mental do presidente da República. Comentarista da BandNews FM e colunista da Folha de S. Paulo, José Simão não perdeu a piada. “Bolsonaro é positivo para a demência”, garantiu. Colunista do Correio Braziliense que afirmou que o mandatário e a primeira-dama do país podem estar infectados pelo novo coronavírus, Vicente Nunes foi enfático. “Bolsonaro precisa ser interditado já!”, indicou. Outros comunicadores fizeram alusão ao uso de camisa de força.

https://www.facebook.com/100004384031323/posts/1514712502018203/?sfnsn=wiwspwa&extid=urvLt0NzPI8SDI3p

https://www.facebook.com/1404765442/posts/10223142206889260/?sfnsn=wiwspwa&extid=9qMMuiTqn2fyu3wP

https://www.facebook.com/100003553070129/posts/2594645543997189/?sfnsn=wiwspwa&extid=7JhGSs4nPEvpl6rG

https://www.facebook.com/100002538481777/posts/2917515611676360/?sfnsn=wiwspwa&extid=C6kvE2X8hq3o9744

Ironias e contundência

Em seu depoimento, Jair Bolsonaro ironizou o trabalho da imprensa na cobertura do coronavírus. Pelas redes sociais, jornalistas foram responsáveis por atitudes similares. Alguns ironizaram o discurso do presidente da República. Foi o caso de Mario Sabino. “Pense bem: sem Bolsonaro, que graça teria esta quarentena? Bolsonaro é também entretenimento”, pontuou o fundador do site O Antagonista e da revista digital Crusoé. Âncora da CNN Brasil, William Waack definiu a atitude presidencial em poucas palavras. “Irresponsável e fim”.

https://twitter.com/WilliamWaack1/status/1242616087545602049

https://twitter.com/LeilaneNeubarth/status/1242639070989291521?s=08

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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