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Em ano marcado pela pandemia, Prêmio Comunique-se dá uma pausa, mas não deixa de prestigiar jornalistas

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Pela primeira vez na história, o Prêmio Comunique-se não será realizado.18 anos após a sua idealização, o ‘Oscar do jornalismo’ brasileiro, como é carinhosamente conhecido, precisou dar uma pausa em 2020. Devido à pandemia da Covid-19, o evento foi cancelado para seguir as recomendações de distanciamento. Assim como outros eventos renomados que prestigiam o jornalismo anualmente também o fizeram.

De acordo com publicação do Jornalistas & Cia, o número de premiações que cancelaram ou adiaram seus eventos em 2020 foi o grande destaque negativo da edição deste ano do Ranking dos +Premiados da Imprensa Brasileira, organizado por eles, que será lançado na próxima semana. “Dos 75 prêmios de jornalismo que realizaram concursos em 2019, 39 não divulgaram resultados em 2020, com destaque para algumas iniciativas tradicionais como os prêmios Comunique-se, BNB, Estácio, Gabo, Abraji e MPT”, apontou a matéria.

Enquanto não temos o Prêmio Comunique-se, preparamos um especial com a história e curiosidades do evento.

O nascimento do Prêmio Comunique-se

Primeiro premio Comunique-se

Criado em 2003, o Prêmio Comunique-se foi idealizado por Rodrigo Azevedo, CEO e Fundador do Grupo Comunique-se. Na época, a empresa tinha pouco menos de dois anos no mercado, mas já se destacava no meio jornalístico. Diferente do que muitos acreditam, o objetivo, desde o início, não era apenas prestigiar grandes profissionais, mas sim, estimular a boa comunicação, inspirar futuras gerações de comunicadores e divulgar a importância do bom jornalismo para o máximo possível de pessoas.

“O Comunique-se nasceu com objetivo de ser a maior comunidade de jornalistas do Brasil. Por isso, ter uma premiação onde o próprio jornalista definiria quem seriam os melhores, fazia o maior sentido. Era uma maneira de contribuirmos com o bom jornalismo, criando uma premiação realmente de nível do Oscar”, lembra Rodrigo.

Logo na primeira edição, que carregou a temática “Prêmio Comunique-se: Todas as atenções estarão voltadas para você”, grandes nomes do jornalismo estiveram presentes. Alguns deles foram: William Bonner, Pedro Bial, Zuenir Ventura, Luis Nassif, Renata Capucci e Mônica Waldvogel.

Prêmio Comunique-se BoechatA cada ano, o evento se tornava maior e, em 17 edições, contemplou diversas temáticas centrais, como “Jornalismo, uma missão quase impossível”, “Super-heróis do jornalismo” e a última, em 2019, com o tema “Viajantes no tempo”, em homenagem ao jornalista Ricardo Boechat, o maior vencedor da história do prêmio. Na ocasião, a família do âncora e locutor participou da cerimônia em uma homenagem póstuma que entrou para a história.

 

Para a organização do evento, as temáticas eram, inclusive, o maior desafio e exigiam criatividade em fazer comparações justas com os jornalistas mas que, ao mesmo tempo, fossem divertidas.

Devido à proporção do prêmio e da festa realizada pelo Comunique-se, o evento foi apelidado de “Oscar do Jornalismo”. A alcunha foi criada pela jornalista Lucia Hippolito, que na época trabalhava na rádio CBN, em um texto para o seu blog no site da emissora, no qual ela comparou a premiação ao Oscar, ainda em 2009. O apelido pegou e virou uma marca registrada do evento. A honrosa comparação passou a ser utilizada não apenas pelo Comunique-se, mas principalmente pelos próprios jornalistas ao se referirem ao Prêmio Comunique-se.

Como funciona o Prêmio Comunique-se?

O Prêmio Comunique-se é divido em três partes. Na primeira, participam dez profissionais, indicados por meio de votação da comunidade e de jornalistas, em cada categoria. Os escolhidos são baseados no trabalho realizado entre julho do ano anterior até junho do ano de realização do evento.

Em seguida, a segunda etapa refere-se ao momento de escolha do Top 3 de cada categoria. Novamente por meio de votação, que é realizada totalmente online, os eleitores decidem o “pódio” de cada edição. Na última, finalmente, são definidos os vencedores, que são anunciados durante a premiação, em noite de gala.

Os maiores vencedores

Desde 2003, centenas de jornalistas foram contemplados com o Prêmio Comunique-se. Alguns deles carregam o título de “mestres do jornalismo”, concedido a todos que acumulem mais de três vitórias consecutivas ou quatro, em anos alternados. Entre eles, estão Ricardo Boechat — o maior vencedor do evento, colecionando 18 troféus — , Caco Barcellos, Zileide Silva e Mauro Beting.

Além dos jornalistas, as agências de comunicação também têm seu espaço reservado. As agências In Press Porter Novelli, Approach Comunicação e CDN são exemplos de empresas que carregam o título de “mestres”. A última, inclusive, estreou o grupo de mais notáveis do Prêmio junto a Heródoto Barbeiro, como ‘âncora rádio’, e Mino Carta, como ‘Executivo de Veículo de Comunicação’, em 2007.

A opinião dos ‘mestres do jornalismo’

Em 2018, em entrevista dada durante a premiação, o jornalista Ernesto Paglia ressaltou que o Prêmio Comunique-se se tornou um evento de grande importância para a profissão. “É um prêmio que tem uma característica particular entre os prêmios de jornalismo. É pelo voto popular, mas um popular selecionado, o voto informado, do jornalista, do comunicador, do publicitário, de quem é do ramo. Então é mais saboroso ainda”, declarou.

Na mesma edição, André Trigueiro, também ressaltou a importância do prêmio a partir da votação de colegas de profissão que, segundo ele, militam na área da comunicação e escolhem os vencedores com propriedade.

Mauro Beting revela que vencer edições da premiação e se tornar um ‘mestre do jornalismo’ foi uma grande conquista, desejada por ele desde as primeiras edições do evento, quando o premiado era o seu pai, Joelmir Beting. “Não vou dizer que o Comunique-se é o Oscar da comunicação, mas o Oscar do cinema é o Comunique-se do jornalismo. É um prêmio que a gente quer”, afirmou.

Entre as agências de comunicação, um dos grandes destaques entre os vencedores é a In Press Porter Novelli, que ganhou o título de melhor agência por quatro vezes. A CEO da empresa, Roberta Machado, ressalta que estar entre as agências de comunicação mais premiadas é uma honra e que ter sido considerada uma agência hors concours pelo Comunique-se é um título que carregam com muito orgulho.

“Este é, realmente, um prêmio especial porque é, na essência, a validação e o endosso do nosso trabalho no dia a dia. Não há nada melhor do que receber o reconhecimento de nossos pares, jornalistas e times de comunicação com os quais dividimos nossos projetos, propósitos e o trabalho de nossos clientes”, afirma Roberta.

Saudades do Prêmio

Este ano, sem o Prêmio Comunique-se, muitos jornalistas demonstraram estar com saudade do evento. Durante o ano, algumas mensagens e TBTs nas redes sociais demonstraram o carinho dos profissionais com o evento. Usando a #premiocomuniquese, acompanhamos as publicações sobre o prêmio e separamos algumas para matar a saudade enquanto o evento não acontece.

Se você, assim como Alexandre Henderson e Rose Cianci, também está com saudade do prêmio, separamos os álbuns de fotos das edições de 2017, 2018 e 2019. Além disso, você também pode assistir às gravações das edições do Prêmio no nosso canal no YouTube e acompanhar novidades no Instagram do Comunique-se.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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