A Rádio Independência, em Minas Gerais, teve o seu aniversário de 85 anos marcado por greve e manifestação de funcionários. Na última quinta-feira, 2, jornalistas e radialistas deram início à paralisação e, na sexta-feira, 3 (data do aniversário), foram às ruas. O objetivo da mobilização foi a reivindicação de direitos trabalhistas e a ampla discussão com a sociedade a respeito do conteúdo editorial da empresa, que é pública.
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O ato foi convocado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), junto ao Sindicato dos Radialistas (Sintert-MG), e realizado em frente à sede da emissora de rádio, que é uma das mais antigas da região. Segundo matéria publicada pela entidade de jornalistas, os participantes clamavam a “defesa da comunicação pública e a valorização dos profissionais concursados”.
O texto aponta ainda que algumas das “características democráticas” mais marcantes foram alteradas e, atualmente, a empresa viveria problemas de investimento e gestão. A informação divulgada é de que programas tradicionais e funcionários foram demitidos nos últimos anos.
Novo Plano de Cargos e Salários da Rádio Independência
Outro ponto levantado pelo SJPMG é a reestruturação dos cargos e carreiras dos trabalhadores, que passaram a ter um novo Plano de Cargos e Salários (PCS). Os funcionários da Rádio Independência alegam que não têm acesso ao novo regimento, que deverá ampliar desigualdades e a terceirização dentro da rádio.
“Já se sabe que o plano pretende acabar com a carreira dos radialistas concursados da rádio e entregar suas funções a uma empresa terceirizada. Na regra de progressão de carreira (aumento salarial), os trabalhadores com ensino médio estão sendo excluídos, atingindo em cheio os operadores radialistas, que colocam a rádio no ar todos os dias”, aponta o material do sindicato mineiro.
Até o fechamento da matéria, o assunto não foi comentado publicamente pelo governador do Estado, Romeu Zema.