Jornalistas brasileiros deixaram a capital da Ucrânia, Kiev, nos últimos dias. Equipes de reportagem que antes acompanhavam de perto o conflito com os russos, agora passam a noticiar os ataques e a movimentação dos ucranianos na fronteira com a Polônia ou, ainda, retornam ao Brasil. Roberto Cabrini se une ao grupo de repórteres no país do Leste Europeu.
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Correspondente do SBT, Sérgio Utsch informou aos seguidores que deixaria a capital ucraniana na última terça-feira, 1º. A mudança de localização também foi pauta para o canal, que além das notícias sobre os ataques, passou a mostrar de perto a movimentação da população que tenta deixar o país. “Paulistanos, quando der aquela vontade de reclamar do trânsito da Marginal, lembrem-se dessa cena: milhares de pessoas fugindo de bombardeios, sem acesso fácil a combustível, banheiro e comida, com a sensação térmica de 5 negativos lá fora”, escreveu o repórter em seu perfil no Twitter.
Nas publicações, o jornalista reforça, ainda, que a movimentação da reportagem não teve como objetivo deixar a Ucrânia. “Importante: deixamos Kiev, mas não deixamos a Ucrânia. Enquanto e onde tivermos condições, vamos continuar com o nosso trabalho”, afirmou Utsch, na rede social.
Chegamos a Lviv, cidade ucraniana perto da fronteira com a Polônia. Escritório da Embaixada brasileira montado aqui vai ajudar na assistência a brasileiros que queiram sair do país. Este é o principal ponto de saída da Ucrânia no momento. pic.twitter.com/PvGdRjbNVv
— Sérgio Utsch (@utsch) March 2, 2022
Yan Boechat, enviado pelo Grupo Bandeirantes, também comentou a mudança de localização em um tuíte. O jornalista explicou que a equipe enfrentava escassez de gasolina, gasolina e recursos, além dos ataques bélicos ao local, narrados anteriormente por ele. Por isso, deixaram a capital da Ucrânia para viajar em direção a Lviv.
“Situação em Kiev se deteriorou nas últimas horas. Estamos sem conseguir dinheiro, pouca gasolina e poucos recursos. Decidimos recuar em direção a Lviv enquanto ainda é possível. Kiev estava linda hoje depois da neve que caiu na madrugada”, disse, no Twitter. O repórter segue registrando os desdobramentos do conflito, além do cenário na fronteira com a Polônia.
Situação em Kiev se deteriorou nas últimas horas. Estamos sem conseguir dinheiro, pouca gasolina e poucos recursos. Decidimos recuar em direção a Lviv enquanto ainda é possível. Kiev estava linda hj depois da neve que caiu na madrugada pic.twitter.com/RbOifae9sS
— Yan Boechat (@Yanboechat) March 1, 2022
Para a CNN Brasil, Mathias Brotero acompanhou ucranianos que deixaram o país. No último sábado, 26, o jornalista embarcou no trem que levou parte da população para a capital polonesa, Varsóvia. Um relato de como é a embarcação foi exibido no canal de notícias.
“A gente segue acompanhando de longe o que acontece em Kiev e, claro, esse grande grupo de pessoas que estão deixando a capital por causa de medo, por causa da situação que se agravou muito, em pouco tempo”, informou aos telespectadores do ‘CNN Sábado’.
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Chegada em meio aos ataques
Enquanto equipes de reportagem se afastam das regiões de conflito bélico, Roberto Cabrini chega à Ucrânia. O jornalista chegou a Lviv e, desde a última terça-feira, 1º, passa a acompanhar as movimentações de saída da população ucraniana, além dos ataques a cidades do país. “Há uma crescente preocupação, um crescente pânico aqui na cidade de Lviv por que há poucas horas houve um alerta para ataque aéreo também nesta cidade”, informou ao ‘Balanço Geral’.