O Brasil é o país em que mais jornalistas morreram em decorrência da Covid-19. É o que revela a organização Press Emblem Campaign em relatório divulgado nesta semana. De acordo com a entidade, 111 comunicadores do país perderam a batalha contra a doença provocada pelo novo coronavírus.
Fora o Brasil, apenas um outro país, também sul-americano, contabiliza mais de 100 jornalistas mortos por causa da Covid-19: o Peru. Na terceira colocação, O México registra, por ora, mais de 80 comunicadores como vítimas diretas da pandemia. Impulsionada negativamente pelas três nações, a América Latina contabiliza 460 casos de óbitos de jornalistas pela doença viral.
Os responsáveis pelo levantamento observaram o fato de em algumas localidades, como o próprio Brasil, os jornalistas vítimas da Covid-19 estarem fora do grupo de risco pelo fator idade. “Em países desenvolvidos como Itália, Estados Unidos e Reino Unido, a maioria dos jornalistas que morreram tinha mais de 70 anos”, comenta a equipe da Press Emblem Campaign. “No Brasil, na Índia ou na África do Sul, eles eram mais jovens, na casa dos 50 ou 60 anos”, pontua a equipe da ONG baseada em Genebra, Suíça.
Uma das vítimas que a pandemia deixou na imprensa brasileira foi Rodrigo Rodrigues. Aos 45 anos, ele perdeu a luta contra a doença em julho do ano passado. Então apresentador do ‘Troca de Passes’, do SporTV, ele se afastou de suas atividades na televisão assim que testou positivo. Permaneceu por semanas de repouso em casa, mas teve de ser internado e permaneceu por dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospital do Rio de Janeiro.
O fator trabalho acaba prejudicando jornalistas pelo mundo afora, analisa a equipe da Press Emblem Campaign. A organização destaca que, de forma geral, a imprensa é considerada atividade essencial, fazendo que quem trabalhe na área ter de aparecer na “linha de frente” na possibilidade de se contagiar.
“Os profissionais da mídia têm um papel importante a desempenhar na luta contra o vírus. A segurança deles está particularmente em risco em meio à crise, pela necessidade de trabalhar no campo”, afirma a entidade em trecho de seu relatório. “Vários morreram por falta de medidas de proteção adequadas ao fazerem o seu trabalho”, prossegue a organização.
A situação brasileira faz com que a lista da Press Emblem Campaign já fique desatualizada. No último fim de semana, mais um jornalista do país não resistiu à Covid-19. Ex-vereador de Belém (PA) e apresentador do noticiário policial ‘Barra Pesada’, da RBA TV, afiliada da Band no Pará, Ronaldo Porto morreu no último fim de semana. Governador paraense, Helder Barbalho (MDB) lamentou a perda de um amigo
Na semana, Porto não foi o único jornalista morto em decorrência do novo coronavírus. Internado desde o último sábado, 13, Marcio Nogueira, de 42 anos morreu na manhã desta terça-feira, 16. Segundo o portal G1, ele trabalhou por 16 anos na Rádio Metropolitana de Mogi das Cruzes (SP).
Com carreira como repórter e assessor de imprensa no meio político goiano, Robson Filene, de 52 anos, morreu um dia antes de Nogueira. O comunicador passou dias internado em UTI de hospital de Goiânia (GO). De acordo com o colunista Euler de França Belém, do site do Jornal Opção, o jornalista trabalhou na redação do impresso Diário da Manhã e, posteriormente, cuidou da comunicação de figuras da política local, além de atuar em sindicatos.
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