Sócio da produtora Los Bragas e tido como um dos poucos showrunners brasileiros, Felipe Braga foi entrevistado pela Imprensa Mahon. Na conversa com a apresentadora Krishna Mahon não faltaram dicas para roteiristas. Leia (e assista) os destaques desse bate-papo
Felipe Braga é um dos poucos showrunners do Brasil e, em entrevista à Imprensa Mahon, explicou o que exatamente é essa função. “Showurunner, por definição, é um roteirista que ascende à posição de produtor. Na minha opinião, um não roteirista não pode trabalhar nessa função, pois um showrunner lidera o grupo de roteiristas, sem escrever, e lidera os diretores, sem dirigir. Eu brinco que ser showrunner é ser barman que não bebe”, explicou.
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Com apenas 40 anos, Felipe Braga já avançou bastante na carreira. É sócio da produtora Los Bragas, criou a série ‘Samantha!’ (Netflix) e foi roteirista do filme ‘Mariguela’, entre muitas outras obras que dirigiu, produziu e escreveu. Incitado por Krishna Mahon a dar dicas para os roteiristas em começo de carreira, ele foi didático. “O roteirista iniciante tem que estar disponível. A carreira do roteirista é uma carreira que demora tempo, e este é o desafio dela”, afirmou o entrevistado.
Integrante do time de showrunners, ele seguiu com dicas direcionadas a futuros roteiristas. “Um roteirista iniciante demora muito tempo para ter autonomia, ele precisa de uma supervisão mais intensa durante um tempo mais longo. Por supervisão, não quero dizer ser tutelado, mas ter alguém próximo a ele dando feedback sobre o que está fazendo e o pressionado por algo maior, melhor e mais eficiente. E ele tem que estar disposto a trabalhar em grupo. Essas pessoas que chegam e tem problemas em receber críticas desaparecem rapidamente. As melhores pessoas são as que estão lá todos os dias, dispostas a tudo e querendo se lambuzar na confusão. Tenho muito orgulho de que lá na produtora quase todos os roteiristas trabalham lá porque bateram na porta”, disse Felipe Braga.