Em meio a medidas para driblar o tédio do isolamento e produtos para ajudar na higiene como álcool em gel, o excesso de informações precisa passar por um filtro e a população tem que redobrar os cuidados com as fake news e, mais ainda, com os golpes que aparecem nos milhares de links compartilhados na redes sociais.
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Checar tudo antes de acessar é uma das recomendações de empresas especializadas em segurança da informação. Um simples clique em links que parecem inofensivos pode permitir o roubo de dados ou a invasão do aparelho celular de qualquer desavisado.
A publicitária paulista Patrícia Tiemi se arriscou e clicou em um desses links, na esperança de conseguir um frasco de álcool em gel, de graça. A mentira envolvendo a cervejaria motivou a companhia a soltar uma nota de alerta sobre o golpe.
Segundo a empresa, o álcool em gel produzido não será distribuído a pessoas físicas e nem mesmo vendido. A destinação dos produtos é exclusivamente a hospitais públicos de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, para uso interno.
O levantamento de uma das empresas preocupadas com os golpes aponta a existência de mais de dois mil sites com a palavra “coronavírus” no endereço, sem o certificado de segurança, aquele pequeno cadeado que aparece junto com o nome do site, na tela.
A estudante baiana Miriange Fernandes conta que recebeu o link de cadastro para benefício de R$200 do governo federal. Desconfiada da ação, nem clicou, mas para quem havia enviado a ela, era tarde demais.
Em meio ao medo do contágio pelo novo coronavírus, os golpes mais atuais envolvem o assunto: as empresas de segurança da informação já levantaram mentiras, como liberação de acesso grátis a serviços de filme online, distribuição de kits gratuitos de higiene, pagamento imediato de auxílio do governo e até agendamento de teste da Covid, em domicílio.
Muita gente já tem o olhar treinado para detectar esses golpes, mas em alguns casos, eles podem enganar até mesmo os mais experientes. Na dúvida, o ideal é fazer uma pesquisa na internet ou checar no site oficial da empresa ou do órgão citado no link. Existem, também, agências e sites especializados em mostrar a farsa das fake news. E, além de tudo: desconfiar, sempre, dessas ofertas aparentemente bondosas que todo mundo compartilha pela internet.
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