A Imprensa Mahon entrevistou o fenômeno do YouTube Felipe Neto, que em 2012, apenas dois anos após lançar seu primeiro vídeo, foi o primeiro canal em português a passar de um milhão de inscritos. Hoje, seu canal ultrapassou os 16 milhões de inscritos, e mesmo com tanto sucesso no YouTube Felipe Neto acaba de lançar sua plataforma: “Lancei meu próprio aplicativo para poder distribuir o meu conteúdo pros meus fãs de uma maneira muito específica, muito direta, e sem depender de um intermediário, sem precisar ter uma plataforma que é pertencente a um grande grupo”, diz Neto. “Mas continuo no YouTube, que continua sendo aonde eu posto meus vídeos diários, aonde eu posto meu conteúdo regularmente, mas agora eu tenho uma ferramenta”, avisa.
Questionado por Krishna Mahon sobre qual dica ele daria para produtores ou estudantes de Cinema e Rádio e TV, Felipe respondeu: “O pensamento de que no YouTube, ou nas plataformas digitais como um todo, é só postar o que você sente vontade de fazer e torcer para dar certo não existe mais. Profissionalismo é entender os números, entender o consumo e basear suas decisões nisso”, diz o YouTuber, que faz um curso para empresários em Harvard.
Felipe Neto afirma que o desafio é equalizar a necessidade do capital que ainda vem da old media (TV por assinatura, TV aberta), com a necessidade de estar presente na new media (Internet, aplicativos). Para ele só tomando essas decisões estratégicas as empresas de comunicação poderão garantir seu futuro.
O jovem comunicador alerta para os produtores de conteúdo ficarem atentos para as diferenças entre criar conteúdo digital e criar conteúdo para a televisão: “Se você vai produzir uma série para o YouTube você precisa apresentar algo diferente, para fazer alguém ficar preso de 20 a 25 minutos naquele conteúdo de dramaturgia, diferente do que o jovem consome no YouTube. Eu vi muita produtora se ferrando fazendo isso”, afirma.