Almirante entra no lugar do empresário Fábio Wajngarten
O dia começou com a confirmação de que mais um cargo na estrutura do Poder Executivo federal passa a ser ocupado por militar. A movimentação da vez ocorre na esfera do Ministério das Comunicações. Conforme publicado na edição desta quinta-feira, 11, do Diário Oficial da União, o almirante Flávio Augusto Viana Rocha assume a função de secretário especial de Comunicação Social.
Leia mais:
O militar chega ao Ministério das Comunicações para entrar no lugar deixado pelo advogado e empresário Fábio Wajngarten, que foi exonerado — segundo texto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro Fábio Faria (PSD). A expectativa nos corredores dos bastidores do poder de Brasília é a de que Wajngarten seja nomeado para algum outro posto no decorrer dos próximos dias. Ele é tido como figura próxima aos filhos do mandatário do país.
No decreto que confirma a saída — ao menos momentânea — de Wajngarten do governo, Bolsonaro destaca que o almirante Rocha acumulará a mais nova função “sem prejuízo das atribuições do cargo que atualmente ocupa”. Ou seja: o militar que chega à Secretaria Especial de Comunicação Social também seguirá como secretário especial de assuntos estratégicos da presidência da República, informa o site Poder 360.
Dessa forma, algo um tanto quanto inusitado ocorrerá com o almirante Rocha. Tecnicamente, ele terá de dar expediente em dois locais diferentes de trabalho. Isso porque, como mencionado anteriormente, a parte de Comunicação Social está vinculada ao Ministério das Comunicações, na Esplanada dos Ministérios. Por sua vez, a base da divisão de assuntos estratégicos é mantida no Palácio do Planalto.
Trabalho de transição?
Bolsonaro e Fábio Faria sinalizam que Flávio Augusto Viana Rocha pode não permanecer por muito tempo como secretário de comunicação social, núcleo responsável pela distribuição de verba do governo federal na mídia. A nomeação dele foi confirmada, mas com o detalhe de que se dará de forma interina. Assim, ministro e presidente demonstram que uma nova nomeação para a função deva ocorrer em breve.