Este ano marcou mais uma edição do Globo Lab feito em parceria com o ‘Profissão Repórter’. O projeto levou oficinais de jornalismo para diversas cidades e treinou 2.500 pessoas. Quem fala sobre o assunto é o jornalista Caco Barcelos, que concedeu entrevista à reportagem do Portal Comunique-se. Além dos resultados com o projeto, o apresentador fala brevemente sobre a nova temporada do programa, que estreia na noite desta quarta-feira, 25.
O Globo Lab, que está na sexta edição, é um laboratório desenvolvido pela Globo e trabalha com metodologia de troca de ideias e cocriação. Este é o segundo ano em que o projeto faz parceria com o ‘Profissão Repórter’. Ficou sob responsabilidade dos repórteres Caio Cavechini e Eliane Scardovelli percorrerem nove cidades (Belém, Fortaleza, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Campo Grande, Anastácio, Campinas e Santos) com as oficinas, sendo que o conteúdo das palestras foi desenvolvido com a supervisão da editora chefe do programa, Janaína Pirola. Caco Barcelos explica que os encontros procuraram passar aos participantes o que é essencial para fazer um bom trabalho jornalístico.
“Muitas pessoas têm curiosidade de saber como é a escolha dos temas de nossas reportagens, por exemplo. Mais que isso, abordamos em nossas palestras no Globo Lab outras premissas que não podem ser esquecidas, como a importância de estar atento às situações que nos cercam, os bastidores da notícia, que reforçam o interesse do espectador nas histórias que queremos contar”, explica o jornalista.
Além de treinar os participantes, o projeto oferece oportunidade de imersão na redação do ‘Profissão Repórter’. O jornalista conta que 20 jovens selecionados estarão em São Paulo para participar da experiência, conhecer a realidade do programa, acompanhar gravações na rua e ver de perto toda a dinâmica da atração. O material gravado por eles terá destaque no portal do jornalístico, assim como aconteceu na edição anterior. A reportagem do Portal Comunique-se conversou com Betinho Casas Novas, que participou da primeira edição do Globo Lab em parceria com o ‘Profissão Repórter’. O comunicador e criador do Vozes da Comunidade contou como foi a experiência. Veja, abaixo, a entrevista:
Portal Comunique-se: Como foi a experiência Globo Lab Profissão Repórter?
Betinho Casas Novas: Foi uma das melhores experiências da minha vida. Sempre tive o sonho de conhecer o ‘Profissão Repórter’ e toda equipe, o modo de trabalho do programa, o estúdio, sempre fui fã do Caco Barcelos. Nunca tinha encontrado uma forma de poder participar de qualquer maneira do ‘Profissão Repórter’ e o Globo Lab foi o condutor para que eu pudesse realizar esse meu sonho. Foi uma experiência mágica que levarei pra toda vida.
Como a experiência no Globo Lab ajudou o Vozes da Comunidade?
As técnicas que aprendemos no Globo Lab foram fundamentais para o desenvolvimento dos trabalhos já existentes no Voz das Comunidades. Uma das coisas mais importantes que aprendemos foi a técnica a ser usada nas reportagens. O olhar, o sentimento, a forma de edição para que possamos passar uma emoção. E tudo isso nos foi passado pelo Caco. E deu resultados. Logo que voltei ao Rio e Janeiro, colocamos tudo que aprendemos em prática, compartilhamos o que passaram com todos e os resultados vieram. Os nossos leitores aceitaram super bem o novo modelo de reportagem que usamos no Voz.
Quais são as dificuldades de fazer jornalismo nas comunidades?
A maior dificuldade é a financeira. O Voz das Comunidades tem lidado bem com a credibilidade. Ganhamos prêmios internacionais com jornalismo, propaganda e publicidade. Mas grande parte das dificuldades é fazer a grande imprensa entender que somos comunicadores. Foi uma luta acirrada, mas que enfim, conseguimos. Hoje, temos parceria com todas as emissoras de jornal e TV do Rio. Inclusive com a Globo, onde participamos da criação de grandes reportagens, documentários e projetos.
Quais dicas você pode dar aos participantes da edição 2018?
Escolher uma pauta que te toque e que seja importante de contá-la para o mundo. Se dedicar ao máximo àquele projeto. Mesmo sendo concorrido demais, faça isso por você, como se tivesse em um campeonato. O Globo Lab Profissão Repórter é só o ‘prêmio’ que vem no final. Quando passar, se dedique, escute, estude, ouça, veja, se intrometa em tudo, seja assim mesmo, coloque a cara e se jogue nas conversas mesmo não sabendo de nada. E se não souber, se informe, peça para te explicarem. Faça tudo isso porque, no final, vai se arrepender demais por tudo aquilo que não pôde fazer. É uma oportunidade única, então faça ela ser única e especial em sua vida.
A nova edição do ‘Profissão Repórter’ estreia nesta quarta-feira, 25. Uma das grandes novidades é a participação da jornalista Cecília Thompson, que tem 81 anos. “Está na essência do programa ter convidados na equipe durante um tempo para trazer diferentes olhares e percepções e a Cecília Thompson é uma dessas convidadas”, diz Caco Barcelos.
Além disso, o jornalístico chega com pautas que investigam o crescimento das milícias no Brasil. O time de reportagem visitou os morros cariocas e acompanhou o trabalho do 41º Batalhão da Polícia Militar do RJ, denunciado pela vereadora Marielle Franco, morta a tiros no mês de março.
O ‘Profissão Repórter’ vai ao ar logo após o futebol.
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