Não querendo ser o único a errar a resposta da pergunta que o apresentador de um programa de comédia em pé que eu estava transcrevendo fez para seus companheiros de piadas, mandei para alguns dos poucos contatos que se encontram em meu celular o seguinte problema: “Um celular e sua capinha custam 610. O celular custa 600 reais a mais que a capinha. Quanto custa o celular?”.
Enquanto, se quiser, você faz a conta, lembro-me de que deve ter sido em um programa de competição entre universitários que passava na TV Cultura de São Paulo chamado “Quem Sabe, Sabe…” que o dono do primeiro emprego que tive com carteira assinada ouviu a seguinte história: Três amigos em uma lanchonete gastaram juntos Cr$ 25, dando Cr$ 10 cada um para pagar a conta.
Só um parêntese: para quem nasceu na segunda metade da década de 1980, cruzeiro (Cr$) era o nome da moeda brasileira até 1986.
Leia mais:
• Morre Lúcia Leme, ex-apresentadora do Sem Censura
• CNN Brasil estreia telejornal “Agora CNN”
Sabendo da impossibilidade de dividir em três partes iguais os Cr$ 5 de troco, o atendente convenceu os amigos a ficar com Cr$ 1 cada um e a dar Cr$ 2 para ele.
Mas, ao somarem os Cr$ 2 da generosa gorjeta ao produto de três vezes o valor que, de acordo com o Cr$ 1 de troco que havia sido devolvido, cada um concluíra que havia gastado (Cr$ 9), ou seja, 2 + (3 x 9) = 29, os três amigos gostariam de saber onde havia ido parar o Cr$ 1 que estava faltando.
Voltemos ao primeiro problema.
Dos contatos que me responderam até este texto começar a ser escrito, o único que acertou a resposta do problema foi um velho amigo de curtições roqueiras que, sem saber de minha paixão pela, segundo Carl Friedrich Gauss, rainha das ciências, me perguntou se estou trocando a língua portuguesa pela matemática.