Aos 26 anos, o jornalista e escritor independente Lucas Eliel se destaca no mercado da literatura nacional. Ele apresenta quatro novas obras, que podem ser encontradas em formato digital
Segundo estudo feito pelo Google em parceria com a Forrester Research, atingindo um total de R$ 85 bilhões, as vendas online devem dobrar até 2021. A perspectiva é favorável não só para jornalistas empreendedores, como também para autores independentes, que se lançam no universo literário sem o apoio de editoras tradicionais.
Ainda de acordo com pesquisas da Forrester Research, a estimativa é de que nos próximos 5 anos o Brasil terá 27 milhões de pessoas que irão fazer sua primeira compra online, e tablets e smartphones devem ser cada vez mais utilizados para comprar e-books e livros físicos.
Neste cenário, o jornalista e escritor independente Lucas Eliel, de 26 anos, surpreendeu o mercado editorial brasileiro com o lançamento, em junho, de dois romances, uma novela (gênero literário situado entre o conto e o romance) e um conto.
Segundo Lucas Eliel, os livros foram escritos em cerca de dois anos, e publicados todos em junho de forma independente, sem o suporte de uma editora tradicional.
Trabalho no mercado independente
Conforme explica o escritor, a publicação independente pode trazer liberdade editorial e autonomia aos escritores em relação aos seus livros, mas também traz uma série de responsabilidades.
“O autor independente não precisa fazer tudo sozinho, e a partir de um investimento pequeno já pode contar com a ajuda de profissionais especializados, mas no meu caso eu mesmo fiz a revisão, a diagramação, e a capa de cada um dos meus livros. Depois de publicados, os livros continuam ‘dando trabalho’, pois aí vem a parte da divulgação, do marketing, etc. É mais ou menos como ser uma editora de uma pessoa só”, afirma.
De acordo com o escritor, há diversos elementos do jornalismo em suas histórias. “Em O Misterioso Caso do Leprosário, há uma cobertura jornalística sensacionalista em andamento no meio da trama, e alguns veículos de comunicação transformam o caso do triplo assassinato no antigo Leprosário em um verdadeiro reality show”, explica.
“Em O Mistério da Quarta-feira de Cinzas”, o autor continua, “o texto jornalístico também está presente em diversas situações, e é crucial para dar ritmo e objetividade à história. Na novela O Autista Milagreiro o modo como a mídia faz do menino um curandeiro, uma espécie de popstar, também encaminha a história para um final trágico, com uma romaria perigosa que se forma em volta do menino, e levanta o debate sobre o poder e a influência da mídia”, declara.
“Em O Homem que Via Chifres, primeiro conto da série “Contos Incríveis”, a popularidade de Jeff, personagem principal que trai a esposa e passa a ver chifres nas cabeças das pessoas, também se dá por meio de uma entrevista para um programa de TV, em pleno manicômio, e tem consequências surpreendentes”, finaliza o escritor.
O jornalista e escritor
Influenciado por autores como Graciliano Ramos, Agatha Christie e Stephen King, Lucas Eliel surpreende os leitores com histórias inusitadas. Personagens profundas, críticas sociais, reviravoltas, descrições arrepiantes e cenários cinematográficos também são elementos presentes na escrita do autor independente. Ele pode ser encontrado nas redes sociais e em seu site oficial.
As obras
O misterioso caso do Leprosário
(Romance policial)
O Detetive Lancaster está depressivo. Foi morar perto da namorada, Ritinha, em uma casa de aluguel no antigo Leprosário em que sua família vive com uma série de pessoas, propriedade da família Poça D’água.
Por acaso, Lancaster reencontra Cristiano Poça D’água, colega com quem se formou na faculdade de detetives. Com o fim do relacionamento com Ritinha, o detetive inexperiente se afasta do jornal em que trabalha como repórter, e inicia a escrita de um livro sob recomendação do analista.
Com o passar dos dias, coisas estranhas passam a acontecer, e o detetive tem visões de espíritos e de um óvni que lhe transmite uma estranha mensagem. A partir daí, o diário do investigador inexperiente se transforma em um verdadeiro livro de horror, e em uma madrugada o Leprosário vira palco de três assassinatos. Para piorar, o detetive descobrirá que Ritinha, sua ex-namorada, é a principal suspeita dos crimes. Qual é o significado das visões, e da mensagem dos extraterrestres? Será que Ritinha é a assassina? Cristiano Poça D’água? E os vizinhos?
Lutando contra a depressão, problemas antigos e do presente, caberá ao detetive Lancaster desvendar o seu primeiro grande caso: o misterioso caso do Leprosário.
O mistério da quarta-feira de cinzas – A Quaresma do horror (parte I)
(Romance policial/terror)
O romance policial O Mistério da Quarta-feira de Cinzas é um livro de ficção sobre um crime que se passa no trem Expresso Leste (Estudantes-Luz). As histórias são ambientadas em Suzano, Poá, Mogi das Cruzes, e outros cenários do Alto Tietê.
Após a resolução d’O Misterioso Caso do Leprosário, o detetive Lancaster recebe uma nova missão. É noite de Quarta-feira de Cinzas, e o investigador está sozinho em sua casa, em São Paulo, quando recebe a visita do óvni do Leprosário, e tem uma visão enigmática e assustadora. Assustado, o detetive acorda com a seguinte notícia: uma tragédia aconteceu no trem Expresso Leste, na capital paulista. Por trás, um passageiro misterioso nomeado como “a Peste”, usando a máscara de Médico da Peste.
Este livro é o primeiro de uma série escrita em primeira/terceira pessoa pelo próprio detetive Lancaster com base nos depoimentos e deduções após a elucidação do crime, no final da Quaresma.
Neste primeiro momento, porém, nada está esclarecido. O detetive Lancaster desconhece, por exemplo, o paradeiro do “Clube dos Foragidos”, sete pessoas que foram encurraladas pela Peste no final do vagão e que podem ter a chave para o esclarecimento do crime.
O Clube dos Foragidos: Max, Bel, Gina, Rick, Iza, Cristina e João Netto – sete pessoas marcadas pela Peste. Na noite de Quarta-feira de Cinzas, vão viver situações absurdas e experimentar o verdadeiro medo, enquanto lutam para manter a lucidez e preservar a própria vida.
O que é a Peste? Uma pessoa comum? Um demônio? Qual o motivo do assassinato misterioso de Giovanni, modelo e garoto de programa, no trem Expresso Leste? Envolvendo Réquiem, de Mozart, morcegos, rãs e sanguessugas, o assassinato no trem Expresso Leste reúne ingredientes sem precedentes na literatura policial brasileira contemporânea.
O homem que via chifres
(1º conto da série “Contos Incríveis”)
Jefferson Ferro, 30, é publicitário e casado com Rose, com quem tem uma filha. Em uma noite de chuva, Jeff resolve traí-la com Luciana, uma colega de trabalho. Chegando em casa de volta, o publicitário pega no interruptor em formato de pera com as mãos molhadas, e toma um choque. Nada grave.
Para o espanto dele, porém, ao abrir a porta a esposa está muito diferente. Agora, Rose está com um par de chifres enormes, como de carneiro, bem em cima da cabeça. Nos chifres inclusive constam o nome da amante e o horário da traição. Aterrorizado, Jeff percebe que os chifres são reais, mas que só ele vê.
Enlouquecido, o publicitário decide serrar os chifres da mulher com uma serra elétrica enquanto ela está dormindo, só que Rose acorda e pensa que ele quer matá-la. Jeff vai preso, e passa a ver chifres na cabeça da maioria das pessoas. Depois disso, o Hospício Novo Mundo, e a popularidade em todo o Brasil por causa da excentricidade do seu caso, bizarro.
Em uma série de acontecimentos, Jefferson Ferro terá que aprender o sentido por trás dos chifres que vê, conviver com a loucura, e tentar recuperar a família. Jeff irá aprender o significado do perdão.
O autista milagreiro
(Novela)
Dias atrás, o escritor Lucas Eliel publicou, também de forma independente pela Amazon e Clube de Autores a novela O Autista Milagreiro. O livro foi escrito em homenagem ao Dia do Orgulho Autista, 18 de junho e inspirado no próprio filho do escritor, o Davi de quatro anos e onze meses, que é autista.
Com 151 páginas no formato de livro físico, O Autista Milagreiro também está disponível como e-book. A novela narra a história de Juninho, de quatro anos de idade, e de seus pais.
A família Silva não sabe que Juninho é autista, e enfrenta uma série de desafios em busca de uma resposta. Uma noite, tudo muda quando Juninho está brincando de enfileirar os seus brinquedos, e algo inusitado acontece. A partir daí, curas e eventos sobrenaturais passam a acontecer o tempo todo, e o menino fica famoso em todo o país como O Autista Milagreiro.
Depois de fazer milagres ao vivo em um programa de TV, Juninho se torna ídolo nacional e a vida de sua família vira de pernas para o ar, se encaminhando para um final surpreendente.