Arthur Henrique Ramos de Oliveira Melo. Esse é o nome completo do jogador que deveria constar na lista de convocados para representar o Brasil na Copa do Mundo na Rússia. Ao menos é o que afirmam quatro dos sete jornalistas esportivos contatados pela reportagem do Portal Comunique-se. Apesar dos pedidos pelo atleta de 21 anos do Grêmio, cronistas veem Tite como alguém coerente. E apostam: a seleção brasileira é uma das favoritas a conquistar a taça.
Editor do iG Esporte, Mário André Monteiro foi um dos jornalistas a avaliar que Arthur mereceria participar do mundial. Essa, porém, não seria a única inclusão que faria na lista dos 23 convocados para a Copa. Ele levaria outro atleta do Grêmio: o meia-atacante Luan, eleito “Rei da América” em 2017. Sairiam Taison (Shakhtar Donetsk) e Renato Augusto (Beijing Guoan). O lateral-direito Rafinha, do Bayern de Munique, também seria lembrado pelo jornalista esportivo, que barraria o corintiano Fágner.
O representante do iG Esporte não seria o único profissional da imprensa a trocar Rafinha por Fágner. Chefe de reportagem do site Torcedores.com, Renan Prates faria a mesma alteração. Assim como Mário André Monteiro, ele defende a convocação do volante Arthur. Na lista dele, Taison e Fred (outro do Shakhtar) seriam cortados. Enquanto isso, o meia Rodriguinho faria companhia ao goleiro Cássio como integrantes do Corinthians na Copa do Mundo. Sendo que outros atletas convocados passaram pelo Timão.
De forma oposta a Arthur, Taison é lembrado como o atleta que não deveria disputar a Copa do Mundo. Repórter do Bahia Notícias, Ulisses Gama é mais um que, caso ocupasse o cargo de treinador da seleção brasileira de futebol, levaria o gremista para a Rússia e deixaria o ex-atacante do Internacional a ver a Copa pela televisão. O jornalista baiano cita um conterrâneo: Anderson Talisca. O meia-atacante do Beşiktaş chegou a ser convocado para amistosos, mas acabou preterido na lista final. Ulisses Gama, contudo, não disse quem seria barrado para a inclusão do atleta revelado pelo Esporte Clube Bahia.
Robson Morelli, editor de esportes do Estadão, é mais um a pedir a entrada de Arthur e a saída de Taison. Ele também levaria Luan e cortaria Fred. Além disso, pensaria em dar chance ao meia Rodriguinho. Apesar de suas preferências para a Copa do Mundo, o jornalista pondera: nenhum dos possíveis convocados chegaria como craque da seleção de Tite. “Estamos falando de jogadores reservas, que talvez nem atuem na competição”, argumenta o profissional do jornal O Estado de S. Paulo.
Três jornalistas não apontaram nenhuma mudança necessária entre os 23 convocados. Editor do Portal Terceiro Tempo, Marcos Micheletti menciona alguns atletas, casos de Luan (Grêmio), Vinícius Jr. (Flamengo) e Pedrinho (Corinthians). Para ele, os três seriam “opções muito boas”. No momento do corte, porém, o cronista não banca nenhum nome e ainda põe em pauta a possibilidade de se ter um ídolo improvável.
“Taison parece uma escolha óbvia para um corte. Mas, olhando para a história do futebol, o Taison pode ser o Adriano Gabiru do Tite. Já pensaram? Um ‘Iarley’ qualquer joga a bola para o Taison na final, que está caminhando para uma prorrogação e… vem o hexa? Seria sensacional!”, comenta Marcos Micheletti. O exemplo lembrado pelo jornalista é do mundial de clubes de 2006, quando o contestado meia Adriano Gabiru marcou o gol que fez o Internacional vencer o Barcelona e se consagrar campeão.
Integrantes da imprensa paranaense, Mauro Mueller (radialista) e Silvio Rauth Filho (Bem Paraná) não pedem nenhuma alteração na lista de convocados. “Eu poderia dizer que gostaria de levar alguém, mas eu fecho com o Tite, porque ele assistiu a mais de 150 jogos, estudou, treinou jogadores, se hospedou, tomou café, almoçou, jantou e conviveu com os convocados”, diz Mueller, reforçando a crença no estudioso treinador. Para Rauth Filho, o técnico seguiu seus próprios critérios.
“Seguindo o estilo de jogo do Tite, ninguém ficou de fora. Essa discussão sobre as ausências de Luan e Arthur é superficial. Considera apenas o que os dois fizeram pelo clube em 2017. Além disso, não possuem características que contribuam muito para a seleção. E essa reclamação sobre Arthur e Luan é ‘bairrista’. Em Portugal, os portugueses estão perplexos pela ausência de Jonas. Na França, pela ausência de Luiz Gustavo. E assim por diante. Tudo depende de qual campeonato o jornalista mais assiste”, analisa o editor de esportes do Bem Paraná.
“Coerente”. Essa foi a palavra usada por seis dos sete jornalistas esportivos ouvidos. No caso, o termo foi utilizado para se referir ao trabalho de Tite à frente da seleção brasileira. Silvio Rauth Filho, que demonstrou plena confiança no trabalho do treinador, foi o único a não fazer uso do verbete. “Achei bastante coerente com a preparação e com o período de análise, tanto dele quanto da comissão técnica”, diz Renan Prates. Comentário que representa o pensamento dos demais colegas.
Além da coerência, outra quase unanimidade aparece entre os sete cronistas esportivos. A maioria coloca a seleção brasileira como uma das favoritas ao título da Copa do Mundo. Ulisses Gama foi o único a deixar o time comandado por Tite de fora. Na visão dele, Espanha e Alemanha despontam como principais postulantes ao troféu. Diferentemente do jornalista baiano, Renan Prates coloca o esquadrão canarinho no topo das apostas. “Time mentalmente forte. Preparação coerente. Grupo forte com talentos individuais”, avalia o editor do Torcedores.com.
Certamente, os torcedores brasileiros torcem para que Ulisses Gama se equivoque e que, em julho, o Brasil passe a ser hexa campeão mundial de futebol.
Esses serão os 23 jogadores que representarão o Brasil na Copa do Mundo de 2018:
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