Julgamento Lula: imprensa relata dificuldade em cobertura no TRF4

Jornalistas enviados para a cobertura do julgamento de Lula no TRF4  relatam dificuldades com as condições de trabalho e o esquema de segurança estabelecido para a sessão

A manhã desta quarta-feira, 24, está movimentada para os profissionais da imprensa que se deslocaram até Porto Alegre para acompanhar o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região – TRF4. Os jornalistas relatam dificuldades com as condições de trabalho e o esquema de segurança estabelecido para a sessão.

Os jornalistas que possuem credencial para ficar na área externa do prédio informaram que o esquema de segurança local não permite que os profissionais se aproximem do bloqueio estabelecido pela Brigada Militar. Também não é possível transitar fora do cordão de isolamento – onde estão os manifestantes que foram acompanhar a sessão.

De acordo com a repórter Helena Borges, que faz cobertura para o The Intercept Brasil, quem sair do cerco instaurado pela segurança, mesmo que seja para se alimentar, não pode retornar ao local para continuar acompanhando a cobertura. Ela conta que não há água e comida para os profissionais durante a jornada que começou às 8h e vai até às 16h e que, em contato com a assessoria, foi informada que deveria ter levado lanche para se manter durante o dia.

Segundo o repórter do Diário do Centro do Mundo, Pedro Zambarda, dentro da sala de imprensa foi disponibilizado água, bolacha de água e sal e café. Ele informou, ainda, que ninguém pode transitar pelo local do julgamento de Lula. Sendo assim, quem está dentro da sala de imprensa também não pode sair e retornar.

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Outra questão levantada na cobertura realizada diretamente do TRF4 é o acesso e a qualidade da internet disponibilizada. Zambarda informa que o sinal oscilou. “É uma internet básica que funcionou ok para a transmissão ao vivo no Facebook, mas nada em HD”, declarou o profissional.

Por meio do Twitter, a Revista Piauí relatou que os técnicos do TRF4 tiveram que habilitar a conexão em cada um dos computadores dos jornalistas credenciados para a sala de imprensa.

Credenciamento

Por meio do site do TRF4 é possível acessar os detalhes sobre o esquema montado pela assessoria do Tribunal para receber os jornalistas para a cobertura. No total, 300 profissionais de imprensa – inclusive de veículos internacionais – foram credenciados para acompanhar a sessão do julgamento do ex-presidente Lula.

Foram disponibilizados três tipos de credenciamento, que deveriam ser solicitados previamente: 1. para acompanhar a sessão de julgamento por telão na Sala de Imprensa no TRF4; 2. para a área externa do prédio; 3. para o estacionamento, onde estão os responsáveis pela parte técnica e pelas unidades móveis das emissoras. O site do TRF4 deixa claro que fica proibida a circulação pelo prédio durante a sessão.

A reportagem do Portal Comunique-se foi informada pela assessoria de que a circulação de jornalistas foi proibida por questão de segurança pública e que as diretrizes foram estabelecidas em gestão integrada pelos departamentos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Federal e da Brigada Militar.

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Além disso, a comunicação do TRF informou que a saída da imprensa do cordão de isolamento não pode ser realizada porque não há como conferir a credencial do jornalista novamente, visto que a equipe de assessoria não tem pessoal para fica na área externa.

Sobre a questão da comida e da água, foi informado aos jornalistas no período de solicitação das credenciais que os restaurantes do prédio do TRF4 estariam fechados durante o julgamento, pois estão em reforma desde dezembro. Para os profissionais credenciados para a área externa, a assessoria informou que foi disponibilizado bebedouro.

Em relação ao acesso a internet, os responsáveis por receber a imprensa disseram que houve apenas problemas pontuais, mas que três profissionais de TI estão de plantão e prontamente resolveram os transtornos. A assessoria destacou que todos os jornalistas estão com acesso ao WiFi.

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Tácila Rubbo

Formada em jornalismo pela Fiam-Faam. Foi trainee de redação do Portal Comunique-se de setembro de 2016 a abril de 2018. Começou na empresa como estagiária, função que desempenhou por um ano e dez meses. Depois, foi a responsável pelo conteúdo de parceiros publicado no site, avaliando os materiais recebidos e mantendo contato com os “articulistas-parceiros”. Cuidou de produções externas e, claro, produziu notas e reportagens especiais. Desde maio a agosto de 2018, foi analista de social media do Grupo Comunique-se.

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