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“Mamata Connection”? Mantenedora da TV Cultura se diz vítima de fake news

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Fundação Padre Anchieta divulga nota oficial após especulação nas redes sociais

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), utilizou-se da TV Cultura para colocar o programa ‘Manhattan Connection’ em televisão aberta e, consequentemente, contar com espaço para divulgação de críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido)? Tal questionamento ganhou força nas redes sociais ao longo do último fim de semana e na manhã desta segunda-feira, 5. Tudo, porém, não passa de fake news, garante a Fundação Padre Anchieta, mantenedora do canal que exibe a atração desde o começo deste ano.

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Fake news essas que chegaram a marcar presença no trending topics Brasil, a lista de assuntos mais comentados entre usuários do Twitter no Brasil. Com o jocoso termo de “Mamamata Connection”, aliados de Bolsonaro começaram a disseminar o boato de que Doria, por meio da TV Cultura, teria repassado mais de R$ 8 milhões para a produtora responsável pelo programa semanal. Nessa versão que ganhou força nas redes, esse ato faria com que jornalistas envolvidos na atração criticassem o presidente da República.

Ao comentar o assunto, a direção da Fundação Padre Anchieta não poupou palavras para definir a questão. “Trata-se de notícia tendenciosa que distorce e falseia os fatos, e que merecerá prontas providências jurídicas para o restabelecimento da verdade”, afirmou a entidade responsável por gerir a TV Cultura de São Paulo. Nesse sentido, a FPA explica, ainda, que a emissora não arca com nenhum custo relacionado ao ‘Manhattan Connection’ e que o extrato do contrato, realmente no valor de R$ 8 milhões, é “mera expectativa”. Segundo a nota oficial, o recurso só será cumprido e destinado à Blend (produtora responsável pelo programa) em caso de sucesso de anunciantes da iniciativa privada junto ao canal.

Diogo Mainardi se manifesta

Sócio-fundador do site O Antagonista e integrante do ‘Manhattan Connection’, o jornalista Diogo Mainardi aproveitou para criticar dois membros da família Bolsonaro. “O investigado Carlos Bolsonaro insinuou que O Antagonista recebeu oito milhões de reais para atacar seu pai, o sociopata Jair Bolsonaro”, escreveu. Mainardi salientou que nenhum apresentador do programa é sócio da Blend e que ele apenas recebe salário pago pela produtora. No registro da Blend Negócios, Divulgação e Editoração Ltda., apenas o empresário Gilberto da Silva aparece como sócio-administrador.

“Os milicianos digitais tiveram o mérito de arrumar um bom apelido para o programa – ‘Mamata Connection’”

“Na maioria das vezes, ignoro as tentativas dessa gentalha asquerosa de emporcalhar o trabalho do site; nesse caso, porém, o ataque envolve outras pessoas, de outras empresas, que não têm nada a ver com O Antagonista e não merecem ser jogadas no esgoto bolsonarista”, afirmou Mainardi. “Os milicianos digitais tiveram o mérito de arrumar um bom apelido para o programa – ‘Mamata Connection’. Apesar disso, a mentira continua sendo uma mentira. E a mamata deles vai terminar em 2022”, finalizou o jornalista.

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Anderson Scardoelli

Jornalista "nativo digital" e especializado em SEO. Natural de São Caetano do Sul (SP) e criado em Sapopemba, distrito da zona lesta da capital paulista. Formado em jornalismo pela Universidade Nove de Julho (Uninove) e com especialização em jornalismo digital pela ESPM. Trabalhou de forma ininterrupta no Grupo Comunique-se durante 11 anos, período em que foi de estagiário de pesquisa a editor sênior. Em maio de 2020, deixou a empresa para ser repórter do site da Revista Oeste. Após dez meses fora, voltou ao Comunique-se como editor-chefe, cargo que ocupou até abril de 2022.

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