O ministro da Justiça, Sergio Moro, será entrevistado no dia 28 de junho, às 11h, durante o 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Ele será o protagonista do painel “Segurança Pública e Direitos Humanos”. O Congresso da Abraji será realizado de 27 a 29 de junho, no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
A entrevista com Moro será realizada em auditório com capacidade para 410 pessoas. Assim como ocorrerá com o vice-presidente Hamilton Mourão — que será entrevistado no dia 27 de junho, às 9h15 —, a plateia poderá fazer perguntas, com a moderação da equipe da Abraji.
Sergio Fernando Moro nasceu em 1º de agosto de 1972, em Maringá (PR). É filho de Odete Starke Moro e Dalton Áureo Moro, ex-professor de Geografia da Universidade Estadual de Maringá, falecido em 2005. Tem um irmão, César Fernando Moro.
Formado em Direito em 1995 pela Universidade Estadual de Maringá, estudou na Harvard Law School em 1998, enquanto fazia o mestrado na Universidade do Paraná, concluído em 2000. Dois anos depois, recebeu o título de doutor pela mesma instituição.
Ingressou na magistratura em 1996, como juiz federal da 4ª Região. Em 2003, começou a atuar e a se especializar em casos de corrupção, participando da investigação sobre o Banestado, banco estatal do Paraná até ser privatizado, em 2000. A investigação sobre desvio e lavagem de dinheiro levou à condenação de 97 pessoas. Uma delas era o doleiro Alberto Youssef que, na época, assinou sua primeira delação premiada. Moro e Youssef se encontraram anos mais tarde, nas investigações da Lava Jato.
Em 2007, participou do programa de prevenção e combate à lavagem de dinheiro organizado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Em 2011, lançou o livro Crimes de Lavagem de Dinheiro, que se tornou referência. Foi auxiliar de Rosa Weber, ministra do Supremo Tribunal Federal, no escândalo do Mensalão, em 2012.
Em 2014, quando começaram as investigações da Lava Jato, Moro era juiz federal da 13ª Vara Criminal Federal, em Curitiba, especializada em crimes financeiros. Ele era responsável por julgar os crimes investigados em 1ª instância. Em 2017, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro. No ano seguinte, aceitou o convite do então presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça.
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Por Natália Silva.
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