Diretora do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Ana Flávia Marques reforça que ela e a entidade não apoiam agressões contra profissionais da área
“Não confundir o crachá do jornalista com o cartão da empresa de comunicação”.
Disse isso aos manifestantes que indignados com a situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que tentavam agredir os jornalistas. Estava trabalhando em São Bernardo do Campo (SP) e não cheguei a ver pessoalmente os agressores dos jornalistas.
Assim que aconteceu a agressão ao jornalista Pedro Durán, da empresa da CBN, me juntei ao grupo de jornalistas que estavam no térreo. Pedi para dois seguranças ficarem ali perto para ajudar em quaisquer outros casos semelhantes.
Conversei com os jornalistas e com os manifestantes. Desarmamos outras possíveis agressões com a justificativa de que é inadmissível qualquer violência ao trabalhador. Seja ele da Globo, CBN, Estadão ou da Volks, de Escola Pública. E o Sindicato do Jornalistas tem a mesma posição.
Além do crachá de jornalista…
Sou militante da democratização da comunicação, todos sabem disso. Não vou me abster de fazer a crítica à não regulação da mídia e, consequentemente, a Constituição de 1988. Mas vocês nunca me verão defendendo que qualquer militante, mesmo aquele que diz que luta por um mundo melhor, agredindo trabalhador.
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Por Ana Flávia Marques. Jornalista formada pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Com especialização em comunicação e marketing e mestranda pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo (SJSP). É integrante da coordenação nacional do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.