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O contorcionismo de parte do jornalismo engajado

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O contorcionismo de parte do jornalismo engajado no mundinho artístico, típico de quem tem problemas pra justificar o injustificável, beira a hipocrisia. E tem levado muita gente a incorrer em erro de avaliação ao singularizar um fato de consequências plurais.

Deram agora pra dizer que a nudez choca ao que eles denominam, à distância, de sociedade brasileira. Seria a simples nudez, no entender dos pretensos iluministas de plantão, a razão de toda a polêmica acerca da mostra do MAM de São Paulo e as reações inflamadas das pessoas.

Simplório e maniqueísta.

E mais um exemplo de visão distorcida e omissa dessa gente que tem problemas em conviver com críticas e falta de coragem de se autoavaliar, reconhecer excessos, entender o outro lado. Gente que se vitima sendo algoz pelos mesmos erros de intolerância que julgam ter apenas o outro lado.

A nudez no Brasil não choca, caríssimos. Vide o carnaval, as praias brasileiras e os selfs de redes sociais.

Tirem a criança da sala – e consequentemente da foto – e o ator pelado declamando poesia, grunhindo ou calado será apenas uma performance de descolados, artistas, vanguardistas. No máximo, um bando de “sem vergonha”, para os mais puritanos. E acaba ali.

Mas tirem a criança da sala! Isso é essencial.

Depois, num exercício sociológico de se entender parte de um todo, compreendam que, sim, a classe artística não está imune a críticas. Nem a reações da sociedade brasileira que se tornou complexa, fruto de sua evolução, já falei disso.

Esses segmentos de artistas, jornalistas ou críticos, precisam aprender que eles também têm apedrejado outros setores da sociedade, mesmo que metaforicamente, e não têm medido a pedra nem a força com que a arremessam na vidraça alheia, sempre chamada, em tom inegavelmente pejorativo, de conservadora.

Embora eu não tenha nenhum apreço pelos excessos e condene a violência sob metáforas ou agressões verbais ou físicas, o ativismo social é um bem comum, disponível a todos e, vimos, extremamente usado pelo coletivo.

Não há mais saída fácil nem iluminados que apontarão o caminho como líderes inquestionáveis e donos absolutos da vanguarda.

Será uma travessia por entre os tempos em conjunto, passo a passo, de uma sociedade que não está mais inerte.

Em tempo: e nos casos de uso de lei Rouanet, dinheiro público, a vigilância será maior. Deve ser o tal orçamento participativo.

*Adalberto Piotto. Jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba com especialização em economia pela Fipe-USP. Apresentador do ‘Cenário Econômico’, programa fruto da parceria da TV Brasil com a BM&FBOVESPA. É diretor e produtor do filme-documentário “Orgulho de Ser Brasileiro” (2013), de sua autoria, que disseca o estilo de ser do brasileiro com todas as suas nuances e oscilações de sentimento enquanto cidadão. De 1999 a 2011, foi âncora da CBN em São Paulo, onde começou como repórter. Em 2014, de julho até o início de dezembro, foi âncora do ‘Jornal da Manhã’, noticiário transmitido pela Jovem Pan. É palestrante nas áreas de economia, realidade social brasileira e jornalismo.

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