OAB de Goiás cobra investigação do assassinato de jornalista

A OAB exigirá das autoridades a apuração profunda do caso para que se elucidem as circunstâncias do crime contra o jornalista, os culpados sejam identificados e a punição exemplar seja aplicada

A seccional de Goiás da OAB emitiu nota oficial nesta terça-feira cobrando a devida apuração do assassinato do jornalista e radialista Jefferson Pureza, em Edealina.

A nota foi emitida após ofício da Abraji enviado ao presidente da OAB em Goiás, Lúcio Flávio Paiva.

Leia a nota abaixo:

OAB-GO COBRA APURAÇÃO DE CRIME QUE VITIMOU JORNALISTA EM EDEALINA

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) vem a público lamentar o assassinato do radialista Jefferson Pureza, de 39 anos, em Edealina, e externar sua preocupação sobre o crime que pode estar relacionado à restrição da liberdade de imprensa e retaliação às críticas ao poder político local.

Segundo informações divulgadas em veículos de comunicação, a Rádio Beira Rio FM, onde o jornalista trabalhava, foi alvo de incêndio durante a madrugada há cerca de três meses. Até o momento não há informações que elucidem a autoria e as motivações para o fato.

Conquistada a duras penas, a liberdade de imprensa é um dos pilares do Estado Democrático de Direito, assegurada pela Constituição Federal e, portanto, atos que a abalem e atinjam os profissionais de imprensa devem ser combatidos. A OAB, cumprindo seu papel institucional de zelar pelo Estado Democrático de Direito, não pode permitir que crimes dessa natureza ameacem um dos sustentáculos da democracia.

Segundo a Unesco, de 2012 a 2016, 29 jornalistas foram mortos no Brasil. Esses números põem o país em sexto lugar na lista de nações onde foram registradas, oficialmente, mortes de profissionais da imprensa nesse período.

De acordo com o Committee to Protect Journalists (CPJ), organização sem fins lucrativos baseada em Nova Iorque, desde 1992, o Brasil teve 39 jornalistas mortos. Destes casos, 25 continuam impunes, sem informações sobre a autoria dos crimes. Para a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI), a impunidade é vista como um dos principais motores para que a violência contra jornalistas continue.

A Ordem exigirá das autoridades a apuração profunda do caso para que se elucidem as circunstâncias do crime, os culpados sejam identificados e a punição exemplar seja aplicada.

Diretoria da OAB-GO

Leia mais

Compartilhe
0
0
Abraji

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

Recent Posts

Cemitérios de SP preservam histórias de personalidades negras

Na semana em que é celebrado o Dia da Consciência Negra, é essencial lembrar e…

18 horas ago

A Bitget Wallet lança conjunto de ferramentas para negociação de memecoins, potencializando traders de Solana durante o crescimento do mercado

A Bitget Wallet lança conjunto de ferramentas para negociação de memecoins, incentivando estratégias avançadas de…

18 horas ago

Vitória de Trump traz dúvidas sobre emissão de Green Card

Presidente eleito promete cumprir promessas de campanha sobre imigração e endurecer a entrada de novos…

18 horas ago

Propósito é o livro que pretende impactar a vida dos leitores

Lançamento do livro Propósito, que reúne as histórias e experiências de 30 autores será realizado…

18 horas ago

Entidades lançam manifesto a favor da pauta ASG na graduação

Objetivo é conscientizar as faculdades de administração e gestão sobre a importância de incluírem, em…

18 horas ago

Workshop com o ator da Globo prepara atores para o cinema

O workshop “Luz, Câmera, Ação! A preparação do ator para o set de filmagem” oferece…

18 horas ago