Por que escrevo – por Edson de Oliveira

“Escrevo sobre (quase) tudo o que me vem à mente, como família, sonhos, trabalho, fracassos…”. É o que… escreve o revisor de textos Edson de Oliveira em artigo para o Portal Comunique-se

Até hoje tenho arquivada a página que arranquei de uma Playboy do sebo em que trabalhei, na capital paulista, em 1994.

Não, caro leitor, não era a foto de uma daquelas mulheres que mexiam com o imaginário masculino, mas um ensaio do escritor britânico George Orwell dizendo que existem quatro grandes motivos para uma pessoa escrever, sendo o primeiro o seguinte:

“Puro egoísmo. Desejo de parecer mais sabido, de ser falado, de ser lembrado depois da morte, de se vingar dos mais velhos que o esnobaram na infância etc. É besteira fingir que este não é um motivo, e dos mais fortes.”.

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Eu, que quase não sou lembrado nem vivo, escrevo porque minha memória é insuficiente e insegura para guardar minhas palavras.

Escrevo sobre (quase) tudo o que me vem à mente, como família, sonhos, trabalho, fracassos, livros, moda, modo, sexo, drogas e rock and roll, os mesmos assuntos sobre os quais eu falava no tempo em que mandava cartas, porque escrever é um vício que me dá tanto prazer que tudo o que me chama a atenção quero converter em texto.

A maior parte do que escrevi nos últimos dez pode ser lida no “EFMérides”, blogue (aportuguesado mesmo) criado por meu alter ego, Edhson FM, em 2010.

“Escrevo porque minha memória é insuficiente e insegura para guardar minhas palavras”

Isso mesmo, parece que o dia 14 de março de 2010 foi ontem, mas faz uma década que edito esta publicação, cujos textos não têm tempo certo para ser postados, são publicados quando consigo roubar um tempo para escrever.

Para comemorar estes dez anos, eu gostaria de ter escolhido dez textos para publicar em uma versão impressa do blogue, em formato meio ofício, como eu fazia quando era fanzineiro, mas a falta de tempo, velha desculpa de quem escreve, para diagramá-los me fez ficar só na vontade.