Prêmio quer estimular produção de histórias com protagonistas femininas
Pense num filme que você gosta. Nele há pelo menos duas personagens mulheres? Elas têm nomes? Elas conversam entre si? Quando conversam, falam sobre alguma coisa que não seja sobre homens? Se você respondeu sim a todas as perguntas, parabéns, seu filme passou no teste de Bechdel, que pode ser usado como um indicativo de preconceito de gênero ao analisar obras ficcionais. No site “bechdeltest.com” há aproximadamente 6.500 filmes catalogados, e apenas 58% deles passaram em todas as perguntas do teste.
Para ajudar reverter essa situação foi criado em 2016 o Prêmio Cabíria de Roteiro para histórias com protagonistas femininas, que está agora fazendo o processo seletivo das obras inscritas em sua segunda edição. Somando as duas edições, 280 roteiros com protagonistas femininas foram inscritos na premiação. Os premiados de 2016 foram “O Filho Plantado”, de Thaís Fujinaga, em primeiro lugar; “Estrela sem céu”, de Guilherme Macedo, em segundo lugar; e “Terceira Página”, de Cecília Engels, em terceiro lugar.
“Queremos mais mulheres, queremos estimular mais roteiristas mulheres e homens a escrever personagens femininos mais interessantes e mais diversos”, afirmou a roteirista Marília Nogueira, idealizadora do prêmio, que em meados do ano que vem abrirá novas inscrições.