Líder da trupe do ‘Pop Bola’, que comanda a versão carioca do programa ‘Zona Mista’ na Rádio Globo, Alexandre Araújo não resume a vida profissional ao dial. Interessado em fazer rir em qualquer meio midiático e em diversos lugares, ele se prepara para apresentar ao público seu mais novo trabalho. Às 20h de sábado, 25, a Lona Cultural Municipal Jacob do Bandolim (Jacarepaguá – Rio de Janeiro/RJ) servirá de palco para a estreia de “Lavou Tá Novo?”. Escrita pelo apresentador em parceria com Waguinho (roteirista do ‘Zorra’), a peça apresenta — com bom humor — os dilemas e confusões de um casal.
Com o lançamento de “Lavou Tá Novo?”, Alexandre Araújo aproveita para falar sobre a carreira. Em entrevista ao Portal Comunique-se, ele fala de suas experiências como radialista e, cada vez mais, como teatrólogo também. Explica como surgiu a ideia de escrever uma peça de comédia, cita a relação dessa atividade com os demais projetos e revela: a turma do ‘Pop Bola’, que já esteve no SporTV, pode voltar a ganhar espaço na televisão. Como o mais novo trabalho aborda, mesmo que de modo lúdico, questão envolta de um relacionamento amoroso, o comunicador multifacetado aproveita para dizer que está tudo bem com o seu. Casado com a jornalista Aline Bordalo, ele comemora. “Minha mulher sempre foi parceira e apoia todos esses projetos loucos”, comenta — deixando a loucura apenas para o casal de atores responsável por interpretar o texto de Alexandre Araújo e Waguinho.
O que o levou a escrever um texto para mais uma peça de comédia?
A ideia surgiu quando estávamos num evento em Penedo (RJ). Waguinho disse que estava pensando numa ideia de espetáculo, comédia de casal, temas cotidianos. Ele me fez esse convite e aceitei na hora. A semelhança com outros trabalhos que fizemos é natural. Trabalhamos juntos no ‘Rock/Pop Bola’ por mais de 15 anos, criamos programas de TV com essa linguem bem-humorada (‘Pisando na Bola’ – Sportv; ‘Rec Bola’ – Record; ‘Loucos Por Bola’ – TVJB), entre outros programas de rádio. Já escrevemos uma série de humor juntos para o Multishow chamada ‘Desenrola Aê’. É um universo que vivemos e trabalhamos juntos por mais de 20 anos.
Quais as semelhanças desse trabalho com os seus demais projetos?
Hoje, não estamos mais juntos. Waguinho seguiu para redigir o ‘Tá no Ar’ e, agora, o ‘Zorra’. Eu sigo em diferentes frentes, mas sempre tivemos muitas afinidades e interesses em comum. O rádio fez com que a gente se entendesse pelo olhar. Já escrevemos muitas e muitas piadas ao longo desses 17 anos. O diferencial é que dessa vez estamos escrevendo para o teatro, o que é uma experiência nova e desafiadora. Estamos ansiosos para ver o resultado final desse trabalho.
Ainda sobre a peça “Lavou Tá Novo?”. Como funcionou a parceria com o Wagner Pinto na construção do roteiro?
A parceria com o Waguinho foi bem tranquila. Ele deu a ideia do que seria a peça, eu sugeri o título e começamos a escrever a quatro mãos. Ele escrevia um tanto e voltava para mim. Eu dava sequência a história e devolvia. Depois passamos o pente fino para fechar as piadas e discutir algumas situações do texto. A gente sempre teve experiência em criar pautas e roteiros para rádio e TV, mas como teatro era algo diferente, pedimos ajuda a alguns amigos. O primeiro a nos ajudar foi o consagrado diretor de teatro Moacyr Góes. Ele nos deu alguns conselhos importantes sobre o formato de construção da história. Fizemos alguns ajustes.
Depois, foi a vez do Marcius Melhem ler e nos dar algumas dicas importantes. Essas ajudas foram fundamentais para que a gente alcançasse o formato de um espetáculo teatral — e não de uma grande esquete de humor para a televisão. O mais legal da nossa parceria é que não há nenhum tipo de vaidade. Cada um podia mexer no texto do outro, sempre buscando a melhor piada.
Quais as razões para desenvolver uma comédia teatral?Desenvolver uma comédia está em nossas veias, embora a gente atue em outros inúmeros projetos que não são cômicos. Conseguimos fazer coisas sérias também (risos). Nossa afinidade, modo de pensar humor, cada um sabe e conhece seu estilo e, apesar de sermos diferentes, temos muitas afinidades. Rimos das mesmas bobagens e transportamos nosso universo maluco para a peça “Lavou ta Novo?”.
Quem for à Lona Cultural de Jacarepaguá a partir de 25 de maio vai se deparar com quais situações de humor? Quais os pontos altos da produção na visão do próprio autor do texto?
Quem for para a estreia não pode esperar uma peça de Moliére. Não teríamos a pretensão de ganhar elogios da Barbara Heliodora se ela estivesse viva. Em tempos tão conturbados, numa cidade tão violenta como o Rio, queremos oferecer entretenimento. Tomara que as pessoas deixem o teatro felizes. Nossa proposta é divertir, humor rasgado, sem ser apelativo. Acredito que o público vai se identificar com inúmeras histórias contadas na peça.
São situações de casais lavando roupa suja, revendo os erros cometidos, apontando as falhas, mas ao mesmo tempo tentando entender porque um relacionamento não dá certo. Muitas vezes coisas pequenas estragam uma relação. As brigas banais, a sogra se metendo no meio, as desconfianças, as neuroses.
No começo do ano, o ‘Pop Bola’ ganhou livro e agitou o carnaval carioca com bloco. O programa também é sucesso nas redes sociais. Com isso, há planos para a atração ganhar mais uma versão teatral?
O ‘Pop Bola’ ganhou um livro, está ensaiando uma volta para a TV (ainda é segredo), vamos transmitir jogos contra times inusitados, bloco. E, em julho, estaremos de volta aos palcos. Já tivemos muitas experiências no teatro com nosso “Talk Show de Bola”. Nossa ideia agora é interagir mais com a plateia com o “Pop Bola no 5 contra 1”. Faremos uma vez por mês, toda quinta-feira, na Sala Baden Powell.
Apresentador e líder do ‘Pop Bola’ na Rádio Globo, escritor com obras já disponíveis no mercado. Jornalista, marido e pai. Como encontrar tempo para desenvolver mais e mais atividades profissionais?
Às vezes é realmente desgastante correr atrás de tantos projetos simultaneamente, rádio, teatro, livro, internet, mas é isso que me alimenta. Ainda sobra tempo para desenvolver projetos paralelos como um novo programa sobre samba pra Internet, podcasts, documentário sobre Música e futebol. Aos poucos, vou desengavetando os projetos e tiro do papel. É claro que isso demanda tempo, persistência e compreensão da família. Minha mulher [a jornalista Aline Bordalo] sempre foi parceira e apoia todos esses projetos loucos.
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