No primeiro semestre de 2007, recebi um presente do diretor da Rádio Globo, Giovanni Faria, e do gerente executivo, Ayrton Mandarino. A troca. Ayrton voltaria para o Rio de Janeiro. Missão: gerenciar a Rádio Globo RJ. Eu assumiria a gestão da Rádio Globo de São Paulo, o que aconteceu em 26 de julho daquele ano. Cheguei em dia de macarronada coletiva, uma tradição da sede do Sistema Globo de Rádio (SGR) em SP. Acolhida em clima melhor, impossível.
As metas foram todas alcançadas, graças ao trabalho da equipe de programação e produção Globo SP e dos parceiros das demais áreas do SGR-SP. A equipe, muito unida e apaixonada pelo projeto, conseguiu. O que a diretoria do SGR desejava em 2007?
Foi uma grande honra ter trabalhado com talentos da programação e produção e também com grandes mestres da sonoplastia, técnica externa, jornalismo, área comercial, administração, informática e RH na Rua das Palmeiras.
A Rádio Globo de São Paulo – onde estive de 26 de julho de 2007 a 28 de maio de 2012 – e a Rádio MEC – 26 de maio de 2014 a 21 de agosto de 2019 – foram, no segmento emissoras, os melhores ambientes de trabalho em que atuei.
A foto em destaque é de abril de 2011. Uma de nossas muitas confraternizações.
O inevitável ou previsível aconteceu. A Rádio Globo de São Paulo sairá do ar em 31 de maio.
Por que inevitável? Por que previsível? Deixemos para outro post, com energia saudável, sem ressentimentos (nunca tive) nem energias tóxicas. Apenas com o que considero ser minha obrigação como pesquisador, ainda mais com a responsabilidade que temos ao concluir um mestrado: não contaminar a análise com arrogância ou vaidade. Analisar para aperfeiçoar.
Muita saudade de tudo o que vivi, por quatro anos e onze meses, na emissora da qual era ouvinte desde pequeno, esticando antena para escutar o ídolo Osmar Santos e outros grandes talentos.
Rosan Camilo Bento e Alberto Pastre eram os supervisores de operação da Rádio Globo de São Paulo naquela época. Em 2019, Rosan postou, aqui no Facebook, que “éramos felizes e sabíamos”, paráfrase adequeada de verso famoso do cantor e compositor Ataulfo Alves.
Aquela percepção destacada por Rosan era e é, para projetos atuais, mobilizadora. Confirma que o rádio pode e deve ser usado para construir relações mais saudáveis, solidárias e divertidas, dentro e fora dos estúdios e redações.
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Por Marcus Aurélio de Carvalho. Radialista, jornalista e professor universitário. Foi gerente executivo da Rádio Globo de São Paulo e rede, de julho de 2007 a maio de 2012. Foi professor de ‘Organização e Produção em Rádio’ da FAAP, em São Paulo, de 2011 a 2017. É mestre em mídia e cotidiano pelo PPGMC UFF. Atualmente, é diretor e apresentador da Rádio ONCB, emissora oficial da Organização Nacional de Cegos do Brasil. É coordenador da ONG UNIRR – União e Inclusão em Redes e Rádio.
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