A RedeTV! realizou mais um corte nos salários de jornalistas da emissora. De acordo com nota publicada pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, a nova redução salarial, de 35%, é aplicada aos jornalistas contratados como pessoas jurídicas. No dia 15 de outubro, outra redução, de 25%, revoltou os funcionários da empresa, desta vez, aplicada aos contratados com carteira assinada, no modelo CLT.
Além dos percentuais nos salários, outra diferença entre os dois acordos é que o mais recente é por tempo indeterminado, enquanto o anterior prorrogava uma redução vigente, para mais 60 dias — o que levaria a um total de oito meses.
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Sobre a situação, o sindicato emitiu a seguinte nota de repúdio: “O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo repudia mais um ato imoral e desumano da RedeTV!. Hoje os jornalistas contratados como PJs, receberam aditivos aos contratos com reduções de até 35%, por tempo indeterminado! Enquanto isso, 20 jornalistas CLTs, se recusaram a assinar uma nova redução salarial de 25% até 23 de dezembro o que incidirá no décimo terceiro salário”.
Redução de 25%
Na última quinta-feira (15), jornalistas da RedeTV! escreveram uma carta manifesto na qual se recusaram a assinar o acordo de redução de salário pela quarta vez consecutiva e denunciaram coação por parte da empresa para que concordassem com a medida. Segundo nota do sindicato, 20 jornalistas se recusaram a assinar o corte salarial.
“Não podemos aceitar mais esse corte nos vencimentos sob pena de passarmos quase o ano inteiro com rendimentos reduzidos e, o que é pior, corrermos o risco de terminar 2020 com o décimo terceiro bem menor (pois dezembro costuma servir de base para o décimo terceiro). Ou seja, seriam nove salários com uma redução de 25%, com impacto sobre a contribuição ao FGTS, que nem está sendo depositado pela emissora”, apresenta o documento.
De acordo com o site Notícias da TV, na sexta-feira (16), a emissora justificou a medida alegando ter sofrido impactos da pandemia. “O setor de radiodifusão e a publicidade são dos mais impactados pela pandemia. O Governo Federal estabelece a possibilidade de implementação de uma redução de 25% na jornada de trabalho, com a complementação do benefício emergencial que será calculado utilizando o valor do seguro desemprego. Qualquer interpretação diferente dessa é apenas uso político pelo sindicato de uma realidade que atinge o país e o mundo”, afirma.