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A importância do relacionamento com a matriz no exterior

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O diálogo entre a matriz de uma multinacional e as suas subsidiárias não precisa ser o caos equivalente a uma Torre de Babel, em que cada um fala uma coisa e ninguém se entende. Mesmo com as diferenças sociais, culturais e as próprias comunicativas, como o idioma, existe um lugar-comum que só tem a agregar nessa relação internacional.

Para falar melhor sobre o assunto, conversei com o Guilherme de Almeida, gerente de comunicação corporativa da Edenred — grupo que engloba algumas marcas, como a Ticket, Ticket Log, Repom, Freto e Edenred Soluções Pré-Pagas.

A unificação da comunicação entre a matriz e as subsidiárias

Subsidiárias e matriz têm de conversar o tempo todo, especialmente quando existem fronteiras distantes entre elas.

Esse é um bom exemplo que elucida o valor dessa integração. Guilherme destacou, em nossa conversa, que a aproximação entre a matriz e as suas unidades é importante por “oferecer ganhos no processo de trabalho. Quando você faz parte do projeto, em si, ganha-se tempo para construir algo em conjunto. Há também o ganho em custo para a empresa”.

Outra consequência positiva é destacada com a produção de um guideline único para toda a empresa, independentemente de onde ela esteja, o que unifica toda a comunicação. Algo que agiliza a implementação, minimiza eventuais incongruências que possam fazer sentido, por exemplo, na França, mas não no Brasil. Ou mesmo a abordagem e o tom comunicativo em si, que nem sempre faz sentido para um perfil de consumidor internacional.

Mas o que tiramos desta conversa? Que a matriz e as suas unidades devem dialogar cada vez mais.

E, também, que alguns benefícios se destacam significativamente.

Os benefícios em integrar a comunicação com a matriz no exterior

Guilherme destaca que esse trabalho não precisa vir, necessariamente, de uma hierarquia vertical — da matriz para as subsidiárias. A iniciativa, porém, pode vir das subsidiárias que demonstrem atitude para isso.

A proximidade, como já mencionei, nutre a possibilidade de intercambiar informações. Estabelece-se, com isso, um processo coletivo de construção, que é benéfico para a marca. E, aí, residem concessões de ambos os lados — mas para atingir um denominador comum.

São esses benefícios que se destacam, como um entendimento de abordagem, tom de voz e iniciativas que façam sentido em uma escala global, e não só de uma identidade rígida e imutável da matriz.

“Essa proximidade é muito mais valorizada quando a subsidiária participa — não apenas para ser ouvida, mas também para sugerir soluções que façam sentido para todos os países”, reforça Guilherme, destacando quanto isso beneficia a todos, mas especialmente o setor de comunicação interna.

Afinal, é um setor amplo, que engloba desde a parte operacional — como manuais internos — até o planejamento estratégico, passando pelo diálogo com o mercado em diferentes mídias e abordagens, sempre pensando-os de maneira engajadora e impactante.

Esse intercâmbio, inclusive, abre oportunidades para todos. Guilherme destaca o trânsito de profissionais que vêm para o país ou, por exemplo, para a Argentina. Acontece também de brasileiros e funcionários de outras nacionalidades que desembarcam na matriz. É uma consequência natural de uma integração que permite o conhecimento de grandes talentos que podem enriquecer os seus currículos com experiências internacionais.

Tudo isso porque existiu essa ponte entre a matriz e as subsidiárias — e todos têm o poder de fala e também a competência em ouvir para uma tomada de decisão mais coletiva.

Ouça este post

A conversa com Gabriela Onofre foi tema da 264ª edição do Podcast-se, que foi ao ar na mesma data deste post — e que você ouve abaixo.

O Podcast-se é o podcast oficial do Grupo Comunique-se. Está no ar há mais de três anos e já tem mais de 250 episódios no ar. Figura entre os top-10 podcasts de Marketing do Brasil segundo o ranking de audiência do Chartable. Está disponível nas principais plataformas, como SpotifyApple PodcastsGoogle Podcasts e outras.

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Cassio Politi

Já foi editor e diretor de conteúdo do Comunique-se, além de ombudsman do Portal. Atualmente, dirige os cursos do C-se e é o responsável pelo Podcast-se, que figura entre os top-10 podcasts de marketing do País de acordo com o Chartable. Escreveu o primeiro livro em português sobre content marketing. Em 2015, foi eleito pela Digitalks o profissional do ano em content marketing no Brasil. É, desde 2014, o único brasileiro a compor o seleto júri do Content Marketing Awards, o principal prêmio do mundo na categoria. Por sua empresa, a Tracto, presta consultoria ou produz conteúdo para empresas de variados portes no Brasil e na América Latina, incluindo multinacionais. Apresentou alguns de seus cases em eventos nos Estados Unidos. Está no Hall da Fama do Content Marketing World, em Cleveland, do qual participa anualmente desde 2012.

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