O jornalista Rodrigo Rangel entrevistou o juiz Sergio Moro para a Crusoé. A conversa é a primeira do magistrado com a imprensa depois da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há um mês. Lava Jato, os efeitos da fama, a infantilização do debate no Brasil, a velha política e o aspecto patológico da corrupção foram pontos abordados durante o encontro, que aconteceu no gabinete de Moro, em Curitiba (PR).
Ao responder a pauta do diretor da Crusoé, Moro afirma que se surpreendeu com a proporção que a Lava Jato ganhou, já que começou como uma investigação com foco em indivíduos envolvidos em lavagem de dinheiro profissional. “Não se tinha presente que o caso poderia atingir a dimensão que atingiu. O que mais assustou foi esse crescendo da evolução das investigações”, comenta o magistrado.
Ao longo da conversa, Moro deixou de responder pelo menos sete perguntas feitas pelo jornalista Rodrigo Rangel. “Essa não tenho condições de responder”, “Não me manifesto sobre isso”, “Não respondo a questões pessoais”, “Não vou responder a essa pergunta”, disse quando confrontado. Sergio Moro, fora do tema Lava Jato, reforça que pretende manter a promessa de não concorrer a cargo político por “questões talvez de vocação ou por entender que isso seria inapropriado no presente momento”.
A entrevista de Sergio Moro ao jornalista Rodrigo Rangel na primeira edição da revista Crusoé pode ser vista neste link.
A revista Crusoé foi idealizado pelos criadores de O Antagonista. Assim que foi lançado, o projeto jornalístico anunciou o nome de Rodrigo Rangel como diretor. O jornalista estava há oito anos na Veja e na ocasião trabalhava como editor-executivo da sucursal em Brasília.
Cem por cento digital, a revista dirigida por Rangel pretende apresentar conteúdos exclusivos e investigativos a cada semana. O time de conteúdo conta com nomes como Filipe Coutinho, Caio Junqueira e Eduardo Barretto.
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