Da engenharia à TV: apresentadora da Record revela como chegou ao jornalismo

Thalita Oliveira escolheu engenharia. Apaixonada por exatas, passou no vestibular ainda muito jovem, como é o caso de milhares de adolescentes brasileiros, e começou a estudar. Seu sonho? Trabalhar em grandes indústrias de alimentos ou cosméticos. Mas a vida preparou outra história para a atual apresentadora do ‘Domingo Espetacular’, que até então nunca tinha pensado em estar do outro lado da tela. “Nunca pensei em ser jornalista”, relata. Em entrevista exclusiva à reportagem do Portal Comunique-se, a comunicadora revela como chegou à profissão e conquistou o cargo que tem atualmente na Record TV.

Era uma das semanas mais quentes do inverno paulista quando Thalita Oliveira recebeu a reportagem. Com um sorriso no rosto e bem humorada como quem não se importa com o tempo seco que fazia em São Paulo, a jornalista usou sua folga – geralmente às segundas-feiras – para falar sobre sua carreira e refazer sua trajetória. “Vamos gravar aqui?!”, sugere ao mostrar o espaço da sala de imprensa da emissora. Sentada em uma poltrona azul, ela afirma que teve uma infância tranquila e que quando descobriu o que era uma profissão não teve dúvidas: queria ser engenheira.

“Tenho uma única jornalista na família, que é a minha tia, mas isso nunca me chamou a atenção”, explica. Com apenas um mês na graduação, a apresentadora percebeu que não queria seguir na área. “Decidi, então, conversar com os coordenadores dos outros cursos para pesquisar melhor qual seria a minha aposta”. Acontece que o primeiro coordenador que conversou com Thalita era justamente o de comunicação social. “Foi Deus que colocou o jornalismo na minha vida. Não vejo outra possibilidade”, assegura.

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Thalita está certa de que não “esbarrou” com o responsável pelo curso de jornalismo à toa. Na conversa, ele explicou o curso e ainda acertou na previsão ao dizer que a jovem tinha jeito para trabalhar em TV. Thalita seguiu todos os conselhos: se matriculou e logo no primeiro semestre começou a estagiar na tevê educativa da faculdade, localizada em Santos (SP), na qual trabalhou ao longo dos quatro anos de graduação. “Foi uma experiência incrível. Na época, não tinha TP, tinha que decorar o texto, interpretar e gravar. Foi a minha melhor escolha, pois no estágio tinha que fazer de tudo, conheci todas as funções do trabalho em televisão”.

A experiência não ajudou a jornalista apenas a conhecer os bastidores da tevê como serviu de base para seu portfólio, apresentado às emissoras para buscar uma vaga no mercado. Pode parecer clichê dizer que proatividade é tudo para quem busca uma oportunidade, mas foi exatamente assim que aconteceu com a jornalista. “Não conhecia ninguém. Apenas fiz cópias do meu trabalho em vídeo e enviei para as empresas de comunicação. Foi assim que consegui meu primeiro emprego remunerado. Não adianta! Você pode ser super talentoso, mas se ficar em casa esperando uma vaga não consegue nada”.

Thalita Oliveira, os mestres e os futuros jornalistas

Passaram-se 15 anos do dia em que Thalita encontrou o coordenador de jornalismo até agora. De lá para cá, a jornalista conta com orgulho e brilho nos olhos sobre suas passagens pelas afiliadas da TV Globo no interior de São Paulo e em Minas Gerais, e os mais de oito anos na Record, período que ela fala com carinho. A jornalista lembra, inclusive, do episódio em que a também apresentadora Ana Paula Padrão a ajudou, além do trabalho ao lado de Heródoto Barbeiro, Ricardo Kotscho e Nirlando Beirão.

Toda a ajuda que Thalita Oliveira teve de Heródoto Barbeiro, Ricardo Kotscho e Nirlando Beirão fez da jornalista uma pessoa que também colabora com os profissionais mais jovens. Ainda no início da entrevista ao Portal Comunique-se, ela disse que recentemente atendeu um grupo de alunos da graduação de comunicação para falar sobre a profissão. É a certeza de que experiência compartilhada faz bons profissionais nesta estrada.

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