O presidente Jair Bolsonaro passou a ser alvo também da imprensa internacional. Em editorial divulgado em sua versão online, o jornal britânico The Guardian não poupou o político de críticas. De acordo com o veículo de comunicação, o mandatário representa “um perigo para o Brasil e para o mundo”. A afirmação, inclusive, consta no título do material.
No primeiro parágrafo, a equipe do Guardian refere-se a Bolsonaro como integrante da “extrema direita”. Ao longo do texto, o jornal afirma, entre outros pontos, que o presidente da República agiu de forma que permitiu que a Covid-19 se alastrasse pelo país. Nesse sentido, pontua que o político sem partido chegou a ter discurso em que atacava regras de isolamento social, de aplicação de vacinas e de uso de máscaras de proteção facial.
Com base em pesquisas de satisfação com o governo Bolsonaro, o editorial do Guardian pontua, contudo, que há “motivo para esperança”. Na visão do jornal britânico, os “ataques violentos” promovidos por Bolsonaro e aliados têm encontrado resistência na imprensa e nas instituições. “Seu tratamento desastroso com Covid-19 parece estar causando dúvidas entre a elite econômica que anteriormente o abraçava. Algumas partes dos militares aparentemente compartilham desse mal-estar”, afirma a equipe do veículo de mídia.
Além de criticar Jair Bolsonaro, o jornal The Guardian menciona a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) surgir como forte candidato da esquerda na disputa presidencial de 2022. Para que tal possibilidade tenha menos probabilidade de sucesso, o editorial afirma que setores da direita podem se unir para encontrar um oponente forte, mas que não seja o “extremista Bolsonaro”.
A íntegra do editorial do jornal The Guardian sobre Bolsonaro está disponível aqui (em inglês). O presidente brasileiro já foi criticado em outras publicações internacionais, mas geralmente ele era alvo de análises de articulistas ou personagem de reportagens. Dessa vez o que chama a atenção é o fato de ter pautado um editorial, seção que simboliza o pensamento da empresa de comunicação em questão.
O editorial do Guardian movimentou as redes sociais entre o público brasileiro. No Twitter, por exemplo, o nome do jornal britânico passou a manhã desta terça-feira, 6, na lista dos assuntos mais comentados entre usuários do país. Entre internautas comuns, influenciadores digitais e agentes da política nacional compartilharam o material crítico a Jair Bolsonaro.
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