Em artigo publicado pelo Portal Comunique-se, Lygia Pontes fala da insegurança presente no mundo corporativo. Confira, abaixo, o conteúdo produzido pela comunicadora e consultora
Essa pergunta é tão importante e necessária em nossa vida mas, infelizmente, acaba sendo usada apenas em um contexto negativo. Saber com quem falamos é essencial para construirmos bons relacionamentos.
No livro Como ter um dia ideal, a autora Caroline Webb explica bem isso: “na falta de informações adicionais, tendemos a ver os estranhos como ameaça em potencial. ‘O seguro morreu de velho’, dizem os circuitos de sobrevivência do cérebro. Mas assim que adquirimos a sensação de que a outra pessoa é, de alguma forma, parecida conosco – na política, na origem, nos interesses -, começamos a relaxar e, subconscientemente a tratamos como um aliado em potencial. Na descrição dos cientistas, passamos a ver aquela pessoa como parte do nosso ‘grupo'”.
Mas, além de sabermos quem é o outro, precisamos conhecer a nós mesmos, nossos interesses, gostos, pontos positivos etc. A partir daí, podemos conectar assuntos e, assim, criar o sentimento de grupo. Por isso, observar a si mesmo, seus pensamentos, sentimentos e suas reações é um exercício essencial para construir relações positivas no trabalho e fora dele.
“Além de sabermos quem é o outro, precisamos conhecer a nós mesmos, nossos interesses”
É claro que em contatos iniciais e profissionais não entramos em assuntos profundos e nem revelamos muito a nossa intimidade, mas podemos estabelecer conexões usando as “perguntas qualificadoras”, também mencionadas no livro da Caroline Webb. São perguntas que indicam curiosidade genuína e, para isso, precisam ser abertas, convidar a pessoa a compartilhar pensamentos, motivações e sentimentos, além de exigir um interesse real em escutar e pensar sobre a resposta. Se você não se sentir confortável em usar esse recurso, existe ainda uma possibilidade mais simples, fácil e ao alcance de todos: escute. Simples assim!
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