Webinar debate violência de gênero e segurança de mulheres jornalistas

Resolução aprovada pela ONU para promover a segurança de jornalistas têm gerado algum impacto positivo sobre a integridade das mulheres na profissão

Um webinar sobre segurança de jornalistas mulheres será oferecido em 18 de dezembro de 2017 pelo Global Forum for Media Development (GFMD) em parceria com a International Women’s Media Foundation (IWMF) e a Associação Mundial de Jornais (WAN-INFRA). A atividade acontecerá às 12h do horário de Brasília.

O webinar terá um debate sobre temas como assédio, intimidação, ameaças e violência contra jornalistas mulheres, bem como os efeitos que a progressiva descrença nos meios de comunicação tem tido sobre o trabalho das repórteres. A discussão também deve abordar se medidas como a publicação de um relatório da IWMF sobre violência de gênero na imprensa e a resolução aprovada pela ONU em setembro deste ano para promover a segurança de jornalistas têm gerado algum impacto positivo sobre a integridade das mulheres na profissão.

Comparecerão à atividade a diretora-executiva da IWMF, Elisa Lees Munoz, e, como mediadora, a diretora do programa voltado a mulheres na mídia da WAN-INFRA, Melanie Walker. Jornalistas são convidados a participar. Para se inscrever, basta acessar este link.

Leia mais:

Jornalistas no Brasil: rotina de assédio sexual e discriminação

Violência de gênero no trabalho é problema para muitas jornalistas

Segundo levantamento da IWMF, realizado a partir de entrevistas com mil pessoas em todos os continentes, 47,9% das mulheres que atuam no jornalismo já foram assediadas no trabalho, 64,8% já ouviram ameaças e intimidações e 21,6% foram vítimas em alguma situação de violência física. Outra pesquisa divulgada neste ano pela Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) constatou que uma a cada duas mulheres já sofreu algum tipo de discriminação de gênero na profissão. Os tipos mais comuns de violência registrados foram assédio verbal (63%), violência psicológica (41%) e assédio sexual (37%).

45% dos assédios relatados pelas mulheres entrevistadas pela FIJ vieram de pessoas de fora das redações, como fontes, políticos, leitores ou ouvintes. Chefes e supervisores de trabalho protagonizaram 38% dos episódios. Além disso, dois terços das entrevistadas nunca registraram queixa formalmente ou denunciaram o abuso em alguma instância. Entre as que o fizeram, apenas 12,3% ficaram satisfeitas com o resultado.

No Brasil, a pesquisa “Mulheres na mídia”, realizada pela Abraji em parceria com a Gênero e Número, constatou que 86,4% das jornalistas passaram por pelo menos uma situação de discriminação de gênero e 70,2% presenciaram ou tiveram conhecimento de uma colega sendo assediada no ambiente de trabalho. Os dados foram obtidos com base em entrevistas com 500 mulheres que trabalham nas redações de todo o país. Para mais informações sobre a pesquisa, leia a reportagem da Gênero e Número.

Serviço

Webinar sobre segurança de jornalistas mulheres

18 de dezembro, às 12h;

Inscreva-se aqui.

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Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. Criada em 2002 por um grupo de jornalistas brasileiros interessados em trocar experiências, informações e dicas sobre reportagem, principalmente sobre reportagens investigativas. É mantida pelos próprios jornalistas e não tem fins lucrativos.

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