Já pensou em como você e, principalmente, seu negócio, órgão, entidade ou clientes usam o WhatsApp? Imagino que deve ter pensado, e até criado, grupos entre colaboradores, clientes, parceiros. É impressionante como desde que o Whats surgiu em nossas vidas pessoais e profissionais, “tudo é resolvido com a criação de um grupo”. A proposta deste artigo é propor reflexão, principalmente aos colegas comunicadores, sobre como ir além e utilizar o aplicativo para ser assertivo na comunicação.
Devo confessar: odeio grupos de WhatsApp, principalmente aqueles que todo mundo dá bom dia, sabia que isso é coisa de brasileiros. Aliás, tem coisa pior de que ser adicionado a um grupo sem ser consultado? No mundo corporativo, não faça isso. Pode ser um tiro no pé.
Já que a criação de grupos não é o caminho para se comunicar com universo de 120 milhões de brasileiros que utilizam a ferramenta, qual a maneira ideal de se relacionar com o seu público e fidelizá-lo pelo Whats com informações que o interessem? A minha resposta é fácil: produza conteúdo relevante (isso está na ponta da língua de quem trabalha com comunicação) e utilize número institucional, corporativo ou empresarial especificamente para interação com pessoas espontaneamente cadastradas.
Sugiro isso com base em cases que acompanho nos últimos anos em Santa Catarina e a partir da experiência de ter trabalhado na criação de dois canais pelo WhatsApp, um para uma deputada federal divulgar sua atuação e se comunicar com cidadãos-eleitores e atualmente na Federação Catarinense de Municípios – FECAM, que após dois meses de implantação já conta com mil cadastrados, entre prefeitos, secretários municipais, assessores de comunicação e cidadãos em geral.
Uso como referências de comunicação neste universo e recomendo o Whats da Assembleia Legislativa de Santa Catarina – diga-se de passagem, pelo que consta, o primeiro órgão público a utilizar o WhatsApp para se comunicar com a população e o do Governo do Estado de Santa Catarina – e o Exército Brasileiro. Alguns parlamentares, como é o caso do deputado federal Luis Carlos Heinze e, na campanha de 2016, acompanhei o trabalho do candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, do PSOL, que bem utilizou a ferramenta.
Diante do aprendizado com os cases citados, fica a sugestão: antes de criar um grupo, pense bem! Você pode investir seu tempo planejando a criação e a divulgação de um canal oficial pelo WhatsApp, que permita as pessoas manifestarem interesse em receber suas informações e a partir disso você poderá criar listas de transmissões, inclusive segmentadas, para distribuir seu conteúdo para centenas e até milhares de pessoas em questões de segundos. Garanto: com trabalho bem feito e planejado, o retorno é valioso. Vale lembrar, que tal como em outras redes sociais, a interação com assinantes cadastrados e a pronta resposta, são fundamentais também no Whats.
Dúvida? Estou à disposição para ajudá-lo a melhorar a sua comunicação pelo Whats e aproximar-se do seu público alvo. Mande-me um e-mail para jornalistajp@gmail.com e vamos conversar. Em um mundo de comunicação cada vez mais instantânea é bom estar preparado, pois fala-se que logo será possível enviar até dinheiro pelo aplicativo.
*João Paulo Borges. Jornalista, com 10 anos de experiência em assessoria de comunicação. Em todos os lugares que trabalhou foi um dos responsáveis pela geração de conteúdo, administração e monitoramento das redes sociais. Garante: faz um trabalho melhor do que o “sobrinho ou amigo que entende disso”.
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