Exonerado há pouco mais de um mês do cargo de secretário-chefe da Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten corre o risco de ser novamente convocado a prestar depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito conhecida como a CPI da Pandemia. Isso porque em participação nesta semana, ele tentou desmentir informações publicadas pela revista Veja. Diante disso, há senador defendendo a acareação entre o aliado de Jair Bolsonaro e o jornalista responsável pela matéria.
Até o início da tarde desta sexta-feira, 14, Wajngarten já era alvo de três requerimentos. Formulados por senadores, os pedidos são relacionados a investigar eventuais “inverdades, imprecisões e relatos falsos” ditas pelo ex-secretário em depoimento à CPI, o que configuraria prática de crime. Relator da comissão, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), ameaçou dar voz de prisão diante das inconsistências proferidas por Wajngarten diante de parlamentares na tarde da última quarta-feira, 12.
Responsável por um dos pedidos contra Fabio Wajngarten, o senador e presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), quer que a equipe da publicação mantida pela Editora Abril forneça a gravação da conversa entre o jornalista e o político. De acordo com o impresso, houve acusação de “incompetência” por parte de “gestores do Ministério da Saúde”. Em seu primeiro depoimento, o político negou o teor de tais acusações e reclamou do veículo de comunicação, ao qual disse ter “intenção de não reportar o que acontece”.
O também senador Otto Alencar (PSD-BA) planeja ir além de contar com o material gravado pela revista. O congressista baiano quer promover acareação entre Wajngarten e Policarpo Júnior, redator-chefe da Veja em Brasília e responsável pelo material publicado a partir de entrevista feita com o ex-secretário de Bolsonaro. De acordo com a Agência Senado, o parlamentar almeja esclarecer quem seriam os servidores do Ministério da Saúde classificados como “incompetentes e ineficientes”.
Antes mesmo de saber se chegará a ser convocado para acareação, Policarpo posicionou-se por meio de texto publicado no site da Veja na manhã desta sexta-feira. Logo de início, criticou diretamente Wajngarten. “Trechos da gravação da entrevista à Veja mostram que, para preservar Bolsonaro, o ex-secretário distorceu informações”, pontua o jornalista na linha fina. No decorrer do conteúdo, o redator-chefe descreve que ao insinuar que a publicação teria inventado a declaração contra o Ministério da Saúde, áudio divulgado pelo site da revista — e levado à CPI pela senadora Leila Barros (PSB-DF) — serviu para desmoralizar o depoente. “Foi demolidor”, escreveu.
Vice-presidente da CPI da Pandemia, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) assina em conjunto com o também senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) um terceiro requerimento contra Fabio Wajngarten. Na visão da dupla, o ex-secretário protagonizou depoimento repleto de “inverdades, imprecisões e relatos falsos”. Por isso, os dois parlamentares pedem a quebra dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do ex-subordinado de Bolsonaro. “É indiscutível o envolvimento de Fabio Wajngarten com os eventos aqui investigados, mas as dúvidas que remanescem são enormes, imensas”, afirma trecho do pedido.
Outrora ativo nas redes sociais, Fabio Wajngarten ainda não se manifestou publicamente a respeito dos requerimentos — e nem comentou gravações previamente divulgadas pelo site da revista Veja.
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