Alvo de mentiras e insinuações por parte de um figurante, Patrícia Campos Mello precisa receber o apoio irrestrito de quem preza, antes de mais nada, pelo bom jornalismo
Sim, é preciso sair em defesa de Patrícia Campos Mello e do bom jornalismo
Não gostar da Folha de S. Paulo é um direito de qualquer pessoa, inclusive do presidente da República e de seus aliados. Ser mal-intencionado e querer descreditar reportagens do jornal galgadas em informações precisas e documentos, não. Tentar, de forma teatral e recheada de mentiras, colocar em xeque a credibilidade de uma das mais conceituadas jornalistas do BRASIL e do MUNDO não pode ser uma atitude aceita. Nesse momento, todos que prezam pelo bom jornalismo devem se posicionar.
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Esse apoio ao bom jornalismo já foi registrado nas últimas horas por entidades nacionais e internacionais. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) foram algumas a saírem em defesa de Patrícia Campos Mello e, consequentemente, à imprensa de qualidade. As duas instituições viram, além de tudo, indícios de crimes contra a premiada jornalista. Crimes que foram além do figurante que surgiu em audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre fake news.
“Difamações” foi o termo utilizado pela Abraji para se referir ao chilique do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) contra Patrícia Campos Mello. E difamação pode ser punida por meio do poder Judiciário. Assim como mentir em depoimento a uma CPMI, conforme avisa a próprio Folha de S. Paulo, que, com prints de conversas e documentos, comprovou que o figurante mentiu ao querer atacar a honra e a qualidade do trabalho produzido por Patrícia Campos Mello.
MENTIRAS DE HANS RIVER, A THREAD
Em depoimento prestado nesta terça-feira (11) à CPMI das Fake News no Senado, um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp mentiu e insultou a repórter da Folha Patrícia Campos Mello.Siga o fio para entender: pic.twitter.com/jgKna2Yd3N
— Folha de S.Paulo (@folha) February 12, 2020
“O Código Penal estipula que fazer afirmação falsa como testemunha em processo judicial ou inquérito é crime, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Na condição de testemunha, Hans se comprometeu em falar a verdade à comissão”, informou o jornal por meio de postagem no Twitter. Enquanto o figurante que quis ser protagonista na CPMI das Fake News pode ir parar na cadeia, a jornalista Patrícia Campos Mello e o bom jornalismo seguem recebendo apoios. De entidades a veículos de mídia, passando por posicionamentos de comunicadores.
Neste vídeo mostro mais uma mentira que estão espalhando. Mostro mensagens originais do Sr Hans no meu celular, e o print screen feito com meu celular antigo, um Moto G6, com hífen na palavra amanhã. O novo print screen não tem hifen pq foi feito no meu novo, MotoG8 Plus. pic.twitter.com/Vsqe551Qa9
— Patricia Campos Mello (@camposmello) February 12, 2020
Rede de apoio
Madeleine Lacsko, André Forastieri, Daniela Lima, André Rizek, Leonardo Sakamoto, Vera Magalhães e Míriam Leitão são alguns dos jornalistas que se posicionaram contra as mentiras e acusações levianas proliferadas durante a CPMI. Míriam chegou a afirmar que o “ataque à Patrícia Campos Mello atinge a imprensa, a democracia e a mulher“.
Com apoio de diversos jornalistas e entidades, uma certeza fica em meio a tais ataques infundados. Patrícia Campos Mello seguirá sendo sinônimo de bom jornalismo, produzindo conteúdo de qualidade mesmo diante de ameaças. Condenado ao ostracismo e ao devido rigor da Justiça, o figurante que mentiu descaradamente em depoimento à CPMI das Fake News não precisa nem ter o nome mencionado. Afinal, como dizia o saudoso Ricardo Boechat: não se pode dar palanque para otário.
Quem é a favor do jornalismo livre e contra bandidos mentirosos deve?
— Comunique-se (@comuniquese) February 12, 2020
Por sempre defender o bom jornalismo, vale registrar que estamos ao lado da excelente e correta @camposmello. E que as mentiras e os ataques direcionados a ela sejam devidamente punidos pelas autoridades responsáveis. Simples assim.
— Comunique-se (@comuniquese) February 12, 2020