Duas vagas estão em aberto na Jovem Pan. E ambas são para suprir a saída de Felipe Moura Brasil. Integrante do programa ‘Os Pingos nos Is’ desde sua contratação, em julho de 2017, e diretor de jornalismo desde fevereiro de 2019, ele anunciou na noite de quinta-feira, 13: está de saída da emissora radiofônica.
A informação do fim da parceria de Felipe Moura Brasil com a Jovem Pan foi confirmada pelo próprio jornalista. Pelo Twitter, plataforma em que conta com mais de 1,4 milhão de seguidores, ele deu a entender que foi decisão dele não seguir na Jovem Pan. E, com isso, deixar vago os cargos de diretor de jornalismo e apresentador.
“Após ter comunicado à emissora que não renovarei meu contrato, aproveito até seu fim férias acumuladas e muito samba; mas tenho meu destino pós-carnaval”, publicou na rede social o comunicador, que já tem nova missão na imprensa. Ele voltará a trabalhar para o site O Antagonista. No veículo online, será responsável por projeto audiovisual diário, a partir do estúdio em São Paulo. “Proposta irrecusável para meu jornalismo independente e vigilante”, comemorou.
Nativo digital, começando na imprensa por meio da página pessoal Blog do Pim, Felipe Moura Brasil chegou à Jovem Pan depois de integrar o time de colunistas da Veja.com. Primeiramente, assumiu o posto de comentarista de ‘Os Pingos nos Is’, quando a atração voltou ao ar, em julho de 2017, sob comando da hoje deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Meses depois, com a saída da apresentadora, ele se tornou o titular da atração transmitida de segunda a sexta no início da noite.
Em fevereiro de 2019, Felipe Moura Brasil passou a acumular a apresentação de ‘Os Pingos nos Is’ com função estratégica na Jovem Pan. Ele foi promovido a diretor de jornalismo da emissora. Agora, mediante sua saída, ele pode dizer que foi responsável por um ano digital da marca. Sob sua gestão, o veículo de mídia lançou estúdio ao estilo de televisão (pensado para exibições nas redes sociais) e viu a audiência online crescer. Isso graças às transmissões ao vivo dos programas nas redes e investimento em podcasts.
A última iniciativa digital da Jovem Pan sob a chancela de Felipe Moura Brasil como diretor de jornalismo se refere ao LinkedIn. Desde segunda-feira, 10, o ‘Jornal da Manhã’ é transmitido ao vivo por meio da página da emissora na rede social corporativa. Além das ondas do rádio, o noticiário conduzido por Thiago Uberreich e Kallyna Sabino já era exibido como live por Facebook e YouTube.
Felipe Moura Brasil deixa a Jovem Pan com um troféu de Prêmio Comunique-se no currículo. Na edição 2019 do “Oscar do Jornalismo Brasileiro”, ele foi eleito — por meio de votação popular — o ‘Jornalista Digital’ do ano. Além da conquista pessoal, ele viu outros três colegas de JP, então seus subordinados, serem prestigiados na disputa. Os outros premiados foram Augusto Nunes (‘Colunista de Opinião’ e ‘Nacional – Mídia Falada’), Carlos Aros (‘Tecnologia’) e Denise Campos de Toledo (‘Economia – Mídia Falada’ e ‘Economia – Mídia Escrita’).
Com a saída de Felipe Moura Brasil, a Jovem Pan (leia-se Tutinha) começa a busca por um novo diretor de jornalismo. A função de apresentador de ‘Os Pingos nos Is’, ao que tudo indica, já está definida. O posto deve ficar com Silvio Navarro, então responsável pelo online da marca. Ele já ficou no comando do programa na edição de quinta-feira, 13. E teve direito a seu nome ser citado na vinheta de abertura e sua foto aparecer no card no canal da atração no YouTube.
Para o cargo de gestão, um nome foi especulado: André Lahóz. Recentemente demitido do cargo de diretor de redação da revista Exame, ele foi citado pela coluna de Flávio Ricco no UOL. Além dele, internamente cogita-se a possibilidade de o futuro número 1 do jornalismo da Jovem Pan ser alguém com experiência em televisão. Com direito à plataforma PanFlix, a marca pretende investir cada vez mais em conteúdo audiovisual.
Pelo histórico da Jovem Pan não se pode descartar, porém, que o novo homem-forte seja um “prata da casa”. Felipe Moura Brasil se tornou diretor de jornalismo depois de chegar à emissora como comentarista. Antes dele, Patrick Santos, que estava no veículo desde 1994, foi o responsável pela gerência da área. Com essa possibilidade, três nomes surgem como favoritos para a direção: os já mencionados Carlos Aros, Silvio Navarro e Thiago Uberreich. A decisão final caberá a Tutinha e deve ser definida nas próximas semanas. Interno ou externo, o fato é que a JP está em busca de um novo diretor.
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