Comunicação

Folha lança enquete sobre linguagem “neutre”

A Folha de S. Paulo está entrando para a discussão sobre o uso de uma linguagem neutra no Brasil. A mudança gramatical é pauta de enquete lançada na última terça-feira, 5, que destaca o aumento do uso do gênero neutro em diversos meios.

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O veículo de comunicação centenário faz uma breve introdução ao formulário online, na qual menciona a popularização dos termos, inicialmente presentes apenas nos meios digitais. “Antes restrito às redes sociais, principalmente entre ativistas transgênero, o uso do gênero neutro vem-se espalhando ao longo dos últimos anos entre grupos não ativistas”, aponta a descrição da enquete.

O formulário que leva como título a “Linguagem ‘neutre’” foi ao ar na mesma semana em que o jornal publicou uma matéria que aponta a popularização destes termos na televisão, em livros e na cultura pop. De autoria do jornalista Pedro Martins, o material mostra como diversas produções têm substituído as letras “a” ou “o”, em finais de palavras, pelas vogais “a”, “i”, ou “u”.

“A cena protagonizada por Savalla [personagem de novela mencionada anteriormente no texto], que se repete algumas vezes ao longo do folhetim, evidencia um ponto de partida na indústria do entretenimento que agora vai se consolidando. Se antes o uso do gênero neutro era restrito às redes sociais, principalmente entre ativistas transgênero, ao longo dos últimos anos ele vem se espalhando pelos pilares da cultura pop”, afirma a reportagem.

O que é a linguagem neutra?

Simplificada como a terceira forma de tratamento, a linguagem neutra tem como proposta o uso de palavras que vão além dos gêneros masculino e feminino, tradicionalmente utilizados no português. A proposta surge com o objetivo de promover a inclusão social de pessoas que não se sentem representadas nos moldes atuais e gera discussões tanto entre a população geral como entre os gramáticos.

Inicialmente, na internet, o tema ganhou força com o uso dos finais “x” e “@” em palavras. A modificação não se mostrava inclusiva por dificultar a leitura e ganhou uma nova versão, com a troca dos finais em “a” e “o” pelas demais vogais, “e”, “i” e “u”, especialmente a primeira.

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Julia Renó

Jornalista. Natural de São José dos Campos (SP), onde vive atualmente, após temporadas em Campo Grande (MS). Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MS) e voluntária da ONG Fraternidade sem Fronteiras, integrou o time de jornalistas do Grupo Comunique-se de julho de 2020 a abril de 2022.

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