Vice-presidente da República confirma presença no 4º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji. Hamilton Mourão será entrevistado pela jornalista Julia Duailibi
O vice-presidente Hamilton Mourão será entrevistado durante o 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. Promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), o evento será realizado de 27 a 29 de junho, no campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.
A entrevista com Hamilton Mourão será feita na abertura do congresso, às 11h de 27 de junho. Ele será entrevistado pela comentarista de política e economia da GloboNews, Julia Duailibi, e por Daniel Bramatti, presidente da Abraji e editor do ‘Estadão Dados’ e do ‘Estadão Verifica’. Ao final, a plateia poderá fazer perguntas ao vice-presidente da República, com a moderação da equipe da Abraji.
O entrevistado
Hamilton Mourão nasceu no dia 15 de agosto de 1953, em Porto Alegre. Seu pai, Antônio Hamilton, era militar e conheceu Wanda, que viria a ser mãe de seus dois filhos, em Bagé (RS), enquanto estava no Exército. Mourão ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em fevereiro de 1972. Formou-se em 1975, dois anos antes de Jair Bolsonaro. Apesar de terem frequentado a instituição ao mesmo tempo, não eram próximos.
Mourão foi instrutor da Aman, cumpriu Missão de Paz em Angola e foi adido militar — cargo responsável por promover o relacionamento entre autoridades militares — na Embaixada do Brasil na Venezuela. Em 2014, foi promovido a comandante militar do Sul. No ano seguinte, um quartel sob sua responsabilidade homenageou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, chefe do principal centro de repressão da ditadura militar, o DOI-Codi, localizado em São Paulo. Em 2012, Ustra foi condenado pela tortura e morte do jornalista Luiz Eduardo da Rocha Merlino (1948-1971) no local, mas a decisão foi revogada pela Justiça de São Paulo em 2018, quatro anos após a morte do coronel.
Declarações polêmicas
A homenagem a Ustra e um outro episódio, no qual Mourão comentou o possível impeachment de Dilma Rousseff, levaram a sua exoneração do comando militar do Sul, sendo transferido para a Secretaria de Economia e Finanças do Exército, em Brasília.
Em 2017, o general deu declarações sobre o governo Temer que causaram uma nova exoneração. No ano seguinte, Mourão passou para a reserva e se filiou ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A aproximação com Jair Bolsonaro começou em 2015, à medida que a fama de Mourão crescia em função de suas declarações polêmicas.
Vice-presidente
Mourão foi escolhido como candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em meio a uma disputa com outros três nomes: Magno Malta, ex-senador pelo Partido Republicano (PR); o general Augusto Heleno, filiado ao Partido Republicano Progressista (PRP) e atual ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional; e Janaina Paschoal, eleita deputada estadual por São Paulo pelo Partido Social Liberal (PSL). Em 28 de outubro de 2018, Bolsonaro e Mourão foram eleitos com 55% dos votos válidos.
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Por Natália Silva.